segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Juliana Cabral cobra Lei Pelé para o futebol feminino

Danilo Vital, especial para a GE.Net - Osasco (SP)

Foto Sergio Barzaghi/Gazeta Press

Juliana Cabral (dir), ao lado de Paloma Tocci e Marília Ruiz (esq): companheiras comentaristas

Ex-jogadora de prestígio no futebol feminino, Juliana Cabral pendurou as chuteiras há dois anos. Nada mudou no cenário nacional, desde então. Comentarista esportiva na Rede TV!, a ex-zagueira da seleção brasileira lamenta a falta de organização que acaba por minar todos os avanços obtidos por sua geração nos últimos anos.

"O futebol feminino precisa se organizar. A Lei Pelé não diferencia futebol masculino e feminino. Não há leis distintas, é uma só para o esporte todo. Precisa de profissionalização, de contratos e patrocínios, de um calendário", lamentou a ex-jogadora, que por 16 anos atuou profissionalmente, quando as condições eram ainda piores.

Com passagens por Corinthians, São Paulo, Vasco e times no exterior, Juliana foi titular da seleção brasileira por 13 anos. Disputou duas Olimpíadas e dois Mundiais. Conseguiu a medalha de prata nos Jogos de Atenas, em 2003, feito inédito para o esporte. No ano seguinte, participou da campanha da medalha de ouro no Pan-americano de Santo Domingo.

"Infelizmente, o futebol feminino só é lembrado em épocas importantes. O Campeonato Paulista está sendo disputado agora e só tem o Santos de time grande. Tem o Juventus, que é de tradição, mas de resto são times de prefeitura lutando para se manter. No final do ano, vai ter a Copa do Brasil. São só dois campeonatos. Precisamos de um calendário", cobra a comentarista de 28 anos.

A desorganização do esporte acabou influenciando no final prematuro da carreira de Juliana Cabral. Em 2008, ela passou por indefinição quanto à continuidade do time feminino do Corinthians. "Quando vimos, já tinha um time novo contratado e o velho foi dispensado inteiro", relembrou a ex-zagueira, que garante não guardar mágoas.

"Fiquei chateada porque ainda tinha objetivos a alcançar. Depois que aconteceu isso, decidi fechar esse ciclo da minha carreira. Não tenho mágoas, mas foi uma decisão difícil para mim. Dei tudo o que eu tinha", complementou Juliana, na expectativa por mudanças estruturais para aumentar o incentivo ao esporte.

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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Projeto de Esporte e Lazer envolverá jovens do Grande Bom Jardim

Teve início nesta semana, a capacitação dos agentes sociais que atuarão no Programa Esporte e Lazer na Cidade (Pelc), no Território de Paz, área do Grande Bom Jardim. A implantação do Pelc no âmbito do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) é feita em parceria entre a gestora municipal do Pronasci, Guarda Municipal e Defesa Civil (GMF), Secretaria de Esporte e Lazer de Fortaleza (Secel) e a Secretaria Executiva Regional (SER) V e Liga Cearense de Futebol Feminino.

Após a capacitação dos monitores, o programa será efetivamente implantado. A expectativa é atender 750 jovens com idade entre 17 e 29 anos. Inicialmente, será feito um mapeamento das áreas propícias às vivências esportivas e culturais nos bairros do Território de Paz, composto pelos bairros Granja Lisboa, Granja Portugal, Siqueira, Canindezinho e Bom Jardim. A ideia é que a comunidade colabore apontando campinhos, quadras e praças que possam acolher as oficinas. A capacitação segue até dia 11 de setembro e reúne atividades como rodas de diálogos, exibição de filmes e visitas aos núcleos do Grande Bom Jardim, totalizando 32h/aula.

O Pelc/Pronasci vai oferecer uma programação variada, incluindo basquete, orientação de caminhada, capoeira, futebol, futevôlei, futsal, ginástica, jogos de tabuleiro, skate, voleibol, teatro e grafitagem-muralismo. Segundo o guarda municipal e educador físico Ítalo Borges, que compõe a equipe de coordenadores do Pelc/Pronasci, uma das inovações do projeto é a utilização de espaços não-formais para as atividades. “Nós vamos utilizar praças, ruas sem saída e, campinhos com o objetivo de difundir o esporte recreativo e não o espírito de competição”, ressalta o educador.

Fonte: PMF / blog do Professor Evaldo e Amigos

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domingo, 5 de setembro de 2010

Santos quer patrocínios para o feminino

EDUARDO LOPES
Da Máquina do Esporte

Site Oficial do Santos Futebol Clube

As “Sereias da Vila”, apelido recebido pelo time de futebol feminino do Santos, foram destaques em 2009 ao levarem a Copa do Brasil e a Copa Libertadores da categoria. Agora, a diretoria do time busca novos patrocínios para sustentar o time. Para isso, conta com a visibilidade das principais competições do ano, que acontecem neste segundo semestre de 2010.

Atualmente, a equipe carrega na camisa a marca da Copagaz, como patrocinadora máster. No entanto, o marketing santista espera o andamento da Copa do Brasil, que começou na última semana, e da proximidade da Libertadores e do Mundialito, competição que não é da Fifa, mas é considerada o mundial da categoria. A intenção é colocar novas marcas nas mangas e nos shorts.

Este ano, no entanto, a captação de novos recursos não deve ser tão fácil quanto em 2009. Naquele ano, que consagrou a equipe recém-formada, o elenco contava com Marta e Cristiane, as duas melhores jogadoras do mundo. Ambas jogaram a Libertadores porque o torneio ocorreu durante um período de paralisação da liga americana, onde elas jogam.

Outra complicação que a diretoria santista pode enfrentar é a data para conseguir empresas interessadas em novos patrocínios. Como já se passou mais da metade do ano, a maioria das grandes empresas já fechou o orçamento para o marketing. Esse é o problema vivido pelo São Paulo, que não consegue suporte fixo após romper com a LG.

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