quinta-feira, 10 de junho de 2010

Nova visão do Esporte

África desperta Copa do social

Erich Beting


Agora, quatro anos depois, as principais empresas do meio e a Fifa decidiram apostar no social. Na primeira africaCopa do Mundo em continente africano, a solidariedade entra em campo nos projetos de "legado" do Mundial. A Adidas anunciou nesta terça-feira, aqui em Joanesburgo, que vai leiloar quadros de artistas sul-africanos com a temática do futebol. O montante arrecadado será doado para o Instituto Nelson Mandela. Antes, a Nike, sua maior concorrente, deu os braços a Bono Vox na megacampanha Red, com o objetivo de combater a Aids num dos países que mais sofre com a doença. Isso sem contar na ação que será feita no Soweto, bairro no subúrbio de Joanesburgo, com a construção de um centro de treinamento para os jovens da região. A Fifa também tem um projeto para levar o futebol a diversos pontos do continente africano.


Investir no social não é apenas marketing, e é uma forma interessante que as empresas encontraram para marcar sua passagem pela África.


Copa do Mundo tem, geralmente, um efeito devastador. Um batalhão chega no país-sede durante cerca de um mês, muda a rotina das cidades e depois vai embora, diminuindo sensivelmente a onda de crescimento econômico que antecede o Mundial. Agora, na África, a banda parece mudar um pouco. Num país com poucos recursos e imenso abismo social, investir na melhoria de vida das pessoas é uma forma de dar a sua contribuição para a população local em algo que vai além dos 30 dias da Copa do Mundo.


E no Brasil, o que nos espera? Qual será a onda da Copa? Tudo leva a crer que levantaremos de novo a bandeira da preservação da natureza. Mas bem que poderíamos fazer um mix de Alemanha e África do Sul...


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