A presença da mulher no futebol é hoje uma realidade, em nível nacional e internacional, com toda a justiça.
Recentemente, tenho me debruçado sobre livros e artigos que tratam especificamente de história, não só do futebol, mas do esporte em geral. O estudo da história, em sentido lato, possui uma relevância única para a compreensão do atual cenário de qualquer matéria, inclusive da indústria do futebol.
Estudando o passado, podemos identificar de onde surgiram diversos dos dispositivos legais que hoje estão em vigor, e, principalmente, qual era o contexto histórico em que eles se inseriam. É também saudável rever os movimentos e tendências que ocorreram no passado, já que muitos deles são exemplos ou inspirações para a busca das soluções de problemas que enfrentamos nos dias de hoje. Vale lembrar que a história é muitas vezes cíclica.
Voltando ao tema da coluna, gostaria de trazer à discussão um dispositivo presente no Decreto-Lei nº 3.199, de 14 de abril de 1941, vigente, portanto, há quase 70 anos, em meio ao Estado Novo de Getúlio Vargas. Tratava-se de uma época em que o profissionalismo no futebol estava engatinhando no Brasil e que o conceito de amadorismo britânico (muitas vezes marcado pela presença do preconceito e da discriminação) ainda prevalecia.
O artigo 54 deste Decreto-Lei dizia (sem ficar vermelho), que “às mulheres não se permitirá a prática de desportos incompatíveis com as condições de sua natureza...”.
O esporte, como ferramenta política, muitas vezes militar, e sempre social, era, naquela época, normatizado de forma a rotular as mulheres, impondo a elas certas condições que as tornava impedidas de praticarem certos esportes, tidos como exclusivamente masculinos.
Ao longo dos anos, felizmente, o nosso direito constitucional vem se aperfeiçoando de modo a afastar da legalidade qualquer ato de discriminação perante qualquer ser humano. Não é por acaso que a Constituição Federal de 1988, Artigo 5º, logo em seu inciso primeiro, contém expresso que homens e mulheres são iguais em diretos e obrigações...”.
Ou seja, aquele artigo 54 seria, nos dias de hoje, claramente inconstitucional por conter clara discriminação contra as mulheres.
Mas não apenas isso. A beleza dos movimentos legislativos é que eles retratam de fato (e sempre deveriam retratar) a evolução do conceito de justiça e outros preceitos fundamentais assimilados pela sociedade. Isso quer dizer que, nos dias de hoje, a própria sociedade repugnaria um artigo que contivesse tamanha discriminação contra as mulheres.
Interessante notar como essa evolução (especificamente com relação à discriminação contra as mulheres) ocorreu de forma rápida na nossa sociedade, já que o artigo hoje impensável, encontrava-se válido para apenas uma geração antes da nossa.
Portanto, vamos olhar para frente, e acreditar que essa evolução ainda vai muito além do que temos atualmente, não só com relação às mulheres, como também contra todas as formas de preconceito.
Uma questão fica no ar. Será que o nosso presidente Getúlio Vargas está lá em cima assistindo, assim como todos nós, a Marta e companhia jogarem futebol?
quarta-feira, 24 de março de 2010
quinta-feira, 18 de março de 2010
Brasil vence Colômbia por 2 a 0 e é tetracampeão do Sul-Americano Feminino Sub-20
Seleção Brasileira, invicta, conquista ainda Troféu Fair Play, tem a melhor jogadora, artilheira e goleira menos vazada
CBF NEWS
A Seleção Brasileira Feminina Sub-20 derrotou a Colômbia por 2 a 0 e conquistou invicta o título do Sul-Americano da Colômbia 2010. O time dirigido pelo técnico Marcos Gaspar venceu os seis jogos que disputou, marcou 25 gols e sofreu apenas três.
Jogando em Bucaramanga, em estádio lotado com 35 mil torcedores incentivando a seleção anfitriã, a Seleção Brasileira não se intimidou e dominou o adversário durante todo jogo, vencendo com inteira justiça por 2 a 0, gols de Camila e Alanna.
Allana foi eleita a melhor jogadora do campeonato, além de ter sido a artilheira, com sete gols. Débora foi a vice-artilheira, com cinco gols, e Aline Bossa, a goleira menos vazada, com três gols.
O Brasil, que é tetracampeão sul-americano feminino Sub-20, conquistou também o Troféu Fair Play.
A Seleção Brasileira derrotou a Colômbia com a seguinte escalação: Aline Bossa, Leah, Juliana, Lara e Rafaelle; Bruna (Thaynara), Ester (capitã), Camila e Andressa (Poliana); Alanna e Ketlen.
sexta-feira, 5 de março de 2010
Por que Recife e não Fortaleza?
Seleção Brasileira feminina virá ao Recife em Abril
A Seleção Brasileira feminina de futebol virá ao Recife no próximo mês de abril. O governo do estado promove a vinda das meninas como parte das comemorações do Centenário do Dia Internacional da Mulher. A data do amistoso já está definida: 11 de abril. Resta esperar o adversário. O preferido dos promotores é a Argentina. A Secretaria Especial de Esportes aguarda a resposta da Associação de Futebol da Argentina (AFA) na próxima semana.
“Para a Secretaria de Esportes, é muito importante participar de uma data tão significativa, valorizando a participação feminina num esporte profissional", afirmou o secretário de Esportes, George Braga, na tarde desta sexta-feira, em entrevista ao editor deste blog, no programa "Bate Bola" da Rádio Clube AM.
A expectativa fica por conta da vinda ou não da craque Marta, eleita três vezes a melhor jogadora do mundo pela Fifa. O problema é que no dia do amistoso o time da alagoana estreia na Liga Americana.
Medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo, 2003, e Rio, 2007, a seleção foi prata nas Olimpíadas de Atenas, em 2004, e Pequim 2008. As meninas também são tetracampeãs sul-americanas.
Da Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR
quarta-feira, 3 de março de 2010
Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Maranguape à frente de homenagem à mulher maranguapense, pela passagem do seu dia - Dia Internacional da Mulher
Relação de Convidados Especiais
Liga de Futsal de Fortaleza;
Liga Maranguapense de Futsal;
Benigno Júnior, Secretário Executivo da Secretaria de Esporte e Lazer de Fortaleza;
Gerson Ferreira, do Instituto Gerson Ferreira de Itapajé;
Renezito Júnior, representante da CBF;
Jaime Pinheiro Neto,Coordenador do futebol feminino do Ceará SportingClub;
Célio Silva, Presidente da Liga Park;
Climenes Nunes Costa, Presidenta do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher;
Profª Sirone Freire, Conselho de Educação;
Suledade Barbosa, Presidenta da ONG - Associação Grupo de Amigos da Melhor Idade – AGAMI;
André Câmara, Presidente do Centro Estudantil de Maranguape;
Danilo Miranda, Presidente da UMES;
Alencar, Sport Show;
Evilazio e Aline, Tecy-Baby;
Juarez Filho, Kilimpa;
Célio Cavalcante, Vereador do PT;
Elizario, Vereador do PDT;
José Valmir de Freitas, Secretário de Esporte e Lazer e Juventude;
Antonio Guimarães, Presidente do Sport Clube de Pacatuba
Prof. Mossilair Araújo, Coordenador Geral da Câmara dos Conselhos Populares.
Carlos Eduardo Bezerra Marques, Presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará
Ministério do Esporte promove primeira reunião com gestores cearenses da Praça da Juventude nesta quinta-feira (04)
O encontro será realizado no auditório da Secretaria do Esporte do Estado a partir das 9h
O Ministério do Esporte, com apoio do Governo do Estado, através da Secretaria do Esporte do Estado (Sesporte), promove, nesta quinta-feira (4/3), a primeira reunião com gestores municipais e estaduais da Praça da Juventude do Ceará. Ao todo, serão construídas 16 praças abrangendo um investimento total de R$ 23.250.643,62 somente no estado do Ceará.
Com o encontro, o Ministério do Esporte pretende prestar informações e esclarecer dúvidas dos gestores de forma a agilizar o processo de construção das Praças da Juventude, onde a maioria já conveniadas e com recurso disponível na Caixa Econômica Federal. Entre os anos 2008 e 2010, foram conveniadas a construção de 150 Praças da Juventude, distribuídas pelo território brasileiro. O investimento em cada Praça é de cerca de R$ 1,6 milhão.
PRAÇA DA JUVENTUDE – Com recursos do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), as chamadas Praças da Juventude são um projeto do Ministério do Esporte para comunidades com reduzido ou nenhum acesso a equipamentos públicos de esporte e lazer que alia saúde, bem-estar e qualidade de vida a atividades sócio-educativas diversificadas. Atividades que, além do esporte e lazer, incentivam a inclusão digital, a produção cultural e científica, constituindo-se em um espaço de convivência comunitária.
Cada unidade do projeto Praça da Juventude terá cerca de sete mil m² e prevê a construção de ginásio poliesportivo coberto, cuja infra-estrutura completa apresenta-se em módulos: pistas para salto triplo à distância, pista para caminhadas, quadra de vôlei de praia, área de exercícios, campo de futebol society, pista para skate, teatro de arena, centro de convivência da terceira idade com sala de ginástica, quiosque de alimentação, vestiários e arquibancadas, dentre outros.