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quinta-feira, 7 de julho de 2011

A influência da regra no futebol feminino

Caso gols, tamanho de campo e o número de jogadoras fossem adaptados, iríamos ter um jogo mais atrativo?

Durante todo o mês de junho dedicamos espaço para discutir aspectos relacionados à seleção, formação e detecção de talentos. Como, obviamente, um mês não foi suficiente para esgotar o assunto, voltaremos com ele num futuro próximo em período oportuno.

Antes de iniciar com o texto desta semana, primeiro quero agradecer pelos comentários e discussões (presenciais ou à distância) que tive com muitos de vocês, leitores. Por favor, continuem usando esse espaço para interagir colaborando para o nosso progresso.

Voltando para o assunto da coluna propriamente dita, neste mês de julho, aproveitando o gancho da Copa do Mundo de futebol feminino, quero dedicar espaço às mulheres.

Antes que você pense que abordaremos aspectos da regra feminina (menstruação), quero esclarecer que o título da coluna não se refere a nenhum trocadilho e nosso foco será mesmo voltado para a regra do futebol. Não que a interferência da menstruação sobre o desempenho do futebol não seja interessante. Podemos até discutir este assunto numa outra oportunidade, mas é que nesta semana este tópico não vem ao caso. O que desejo mesmo é discutir até que ponto a regra do futebol feminino ser idêntica à do masculino auxilia ou prejudica a modalidade.

Diferente de outros esportes como basquete e vôlei que possuem regras ajustadas para as mulheres (diminuição da altura da rede e da cesta, por exemplo), no futebol feminino não há mudança nenhuma em relação ao futebol masculino. Essa medida, por muitas vezes, torna a modalidade monótona, pouco competitiva e até certo ponto sem graça, pois considerando que as mulheres, por natureza, apresentam maior percentual de gordura, menor estatura, menos força, velocidade, potência e resistência do que os homens, é natural que a dinâmica do jogo seja completamente diferente já que apesar das diferenças gritantes entre homens e mulheres, o espaço, o número de jogadores e o tempo da partida são idênticos entre o futebol masculino e feminino.

Sem adaptações, ocorrem discrepâncias tamanhas as quais geram dois mundos absurdamente distintos. Você já parou para pensar a razão do sucesso ou o fracasso de outras modalidades coletivas serem mais ou menos semelhantes para ambos os gêneros e no futebol ser completamente diferente? 

E por que a imprensa discute a convocação de um ou de outro jogador para a seleção masculina, mas nem conhece quem irá para a seleção feminina, nem muito menos onde cada menina joga? Sem falar no tempo e no espaço dedicados ao futebol feminino e masculino na mídia impressa e televisiva.

Não dá para determinar se as discrepâncias entre o futebol feminino e masculino em nosso país são causa ou consequência de fenômenos sócio-econômico-culturais, mas penso que se houvesse algum tipo de ajuste, poderíamos ter efeitos positivos, completamente diferentes do atual.

A figura abaixo representa um círculo vicioso que explica, em parte, os problemas enfrentados pelo futebol feminino.



 

Não pretendo inventar outra modalidade ou alterar o pensamento e o comportamento da maioria da população, mas talvez se tivéssemos gols, tamanho de campo e o número de jogadoras adaptados de tal modo que deixassem o jogo mais atrativo, ou até mesmo ter incentivo das federações e a obrigação dos clubes em formar e manter o futebol feminino, poderíamos inverter o quadro atual do futebol feminino e quem sabe um dia até ter a atenção da população repartida de forma equânime para homens e mulheres.

Tal mudança provocaria uma série de oportunidades de negócios, geração de mais empregos, alavancagem econômica de clubes e atletas e ao invés do circulo vicioso, poderíamos gerar um ciclo virtuoso.

Sei que esse pensamento pode até ser utópico, mas que seria legal ver jogadoras fazendo propagandas de produtos, valendo os mesmos milhões que os atletas masculinos e provocando as mesmas discussões e brincadeiras de torcedores apaixonados pelos seus times nas versões femininas, ah, isso seria...

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segunda-feira, 27 de junho de 2011

Realizada abertura da V Copa Fortaleza Bela de Futebol Amador

27/06/2011

A competição tem previsão de início para agosto de 2011. 

 
Foto: Divulgação (Presidente da LCFF, o 2º da direita para a esquerda)
copafortalezabela2011.jpg
 
A grande novidade  é a inclusão da modalidade feminina nas disputas. Essa foi uma demanda apresentada pela Liga cearense de futebol feminino (LCFF) na 1ª Conferência Municipal do Esporte , realizada em abril de 2010
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Na última quarta-feira (22), às 19 horas, foi realizada a festa de abertura da V Copa Fortaleza Bela de Futebol Amador, no Ginásio Paulo Sarasate. Marcaram presença cerca de duas mil pessoas. A mesa de abertura foi composta de todos os Coordenadores de Esporte das seis Secretarias Executivas Regionais de Fortaleza; além do Titular da Secel, Evaldo Lima. "Democratizar o esporte e o lazer é a nossa missão. A Copa Fortaleza Bela de Futebol Amador nos enche de orgulho por ser um espaço que oportuniza a interação entre atletas dos mais diferentes cantos da cidade, e por seu potencial de revelar novos talentos. Defendo, inclusive, que os campos de várzea sejam tombados, porque eles estão sumindo - em consequencia da especulação imobiliária, privando as comunidades de opções de lazer", disse Evaldo.

A Copa Fortaleza Bela de Futebol Amador é uma das maiores competições de esporte amador do país, sendo realizada pela Prefeitura de Fortaleza, através da Secretaria de Esporte e Lazer (Secel), em parceria com a Liga Cearense de Árbitros de Futebol (Licaf). Em 2010, a Copa envolveu mais de 8,5 mil atletas da Cidade. No total, 336 equipes disputaram o título e 339 jogos foram realizados. A competição também contou com a participação de 65 mil pessoas, dentre membros de comissões técnicas, ligas desportivas e árbitros. O evento, nesse ano, terá como grande novidade a inclusão da modalidade feminina nas disputas. Essa foi uma demanda apresentada na 1ª Conferência Municipal de Esporte e Lazer, realizada em abril de 2010, e atendida para 2011.

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quinta-feira, 23 de junho de 2011

Evento no Museu do Futebol coloca o Futebol Feminino na roda

No mês em que acontece o Mundial de Futebol Feminino na Alemanha, o Museu do Futebol coloca o jogo das meninas na roda para um agradável bate-papo. Vai perder

No mês do Mundial de Futebol Feminino na Alemanha, o Museu do Futebol em parceria com o Grupo de Literatura e Memória do Futebol – Memofut, realizarão um encontro entre personagens que fizeram e fazem a história do futebol feminino nacional.

Siga o Futebol para Meninas no Twitter: @futebolmeninas

O Bate-Papo Futebol Feminino acontecerá no dia 02 de julho, a partir das 10 horas no Auditório Armando Nogueira e com entrada gratuíta! Para os interessados na modalidade e em conhecer um pouco mais da história do jogo das meninas em terras brasileiras, é uma oportunidade ímpar e imperdível.

Entre os convidados estarão Rose do Rio, a primeira técnica de futebol do Brasil e a guerreira que lutou para que a Deliberação 7/65 fosse revogada. Também estará presente o ex-presidente do Santos Futebol Clube, Marcelo Teixeira, responsável pelo retorno de Marta ao Brasil, implementação do Departamento de Futebol Feminino do Santos e a retomada da modalidade no clube.

Imperdível!

O evento também contará com a participação do Gestor do Futebol Feminino do Palmeiras, Ademar Fonseca, o Dema, e com as autoras do livro “Nós, Mulheres do Futebol“, Silvia Bruno Securato e Ellen Drasty.

O convite está feito e o evento é aberto e gratuíto. O Museu do Futebol fica no Pacaembu, Praça Charles Miller, s/nº. Quem vai levanta a mão!

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