quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Futebol feminino em foco pela ótica de Kleiton Lima, técnico do Santos e da Seleção Brasileira

Entrevista: Kleiton Lima, técnico do time feminino do Santos FC
"Não temos uma estrutura completa de times de jovens. Portanto, meninas de 15 anos jogam com jogadoras de 28", relata
Guilherme Costa*

Quando era jogador, Kleiton Lima passou por clubes do Brasil e dos Estados Unidos. No entanto, foi como treinador que ele ganhou mais destaque no futebol brasileiro. Principalmente porque ele se especializou no trabalho com times femininos. Atualmente, comanda a seleção brasileira e o Santos FC, time que venceu no ano passado a Copa do Brasil, principal torneio para mulheres do país.

Ao contrário de seus antecessores na seleção brasileira de futebol feminino, Lima não começou trabalhando entre homens. Ele iniciou a carreira em 1995, com times femininos. Trabalhou depois com equipes de jovens do Santos FC e até com profissionais do Clube Atlético Assisense, de São Paulo, mas retomou as atividades em times femininos depois disso.

Apesar de ter uma trajetória vitoriosa no futebol feminino, Kleiton Lima viveu uma temporada especial em 2009. Depois de uma passagem vitoriosa pelo time brasileiro sub-20, ele foi contratado para trabalhar com o elenco nacional profissional. Além disso, o Santos FC se reforçou com jogadoras do porte de Marta, eleita pela Fifa a melhor do mundo nas últimas três temporadas.

Montagem do grupo de jogadoras

O Santos FC havia conquistado em 2008 a Copa do Brasil, principal competição de futebol feminino no país. Entretanto, reforçou muito o grupo de atletas para esta temporada. O time contratou jogadoras como Cristiane, Érika, Fran e Andréia, que estiveram no time brasileiro que conquistou a medalha de prata nas Olimpíadas de Pequim, em 2008.

No dia 1º de agosto de 2009, o Santos FC também anunciou que contaria com Marta, eleita pela Fifa a melhor do mundo nas últimas três temporadas. A nova camisa 10 recebeu seu uniforme das mãos de Pelé, maior jogador da história do time masculino. Ela assinou com o Santos FC por apenas três meses, somente durante o período de recesso do futebol feminino nos Estados Unidos – a atacante defende atualmente o FC Gold Pride, após passagem pelo Los Angeles Sol, ambos dos Estados Unidos.

Com os reforços, o técnico Kleiton Lima trabalha atualmente com 48 atletas de níveis muito diferentes: “O problema é que não temos uma estrutura completa de times de jovens. Portanto, meninas de 15 anos jogam com jogadoras de 28. Temos algumas com potencial que ainda precisam se formar como atletas, e outras como a Marta ou a Cristiane, que estão entre as melhores do mundo”.

Além da diferença de nível e de experiência no grupo, Lima precisa lidar com vários estágios diferentes. Jogadoras como Marta e Cristiane foram contratadas por um período curto, apenas para a disputa da primeira edição feminina da Copa Libertadores, o campeonato sul-americano de times. Enquanto elas treinam no clube por apenas três meses, outras são preparadas para toda a temporada. E nesse grupo há muita distância de idade e nível técnico.

“São objetivos diferentes, e por isso nós precisamos eleger prioridades. Hoje disputamos a Libertadores, e esse é nosso objetivo. As jogadoras que estão inscritas trabalham pensando no campeonato, e o outro grupo trabalha a parte física ou alguns jogos para não perder o ritmo”, diz Lima.




Apesar do curto período na Vila Belmiro, Marta encantou à torcida santista e promoveu um ânimo a novas jovens interessadas na modalidade


Atividades individuais

Jogadoras que chegaram ao clube recentemente e as que já estavam treinando estão em estágio diferente da temporada. Isso fez com que o Santos FC criasse um programa individual de treinos, focado nas necessidades de cada uma das atletas. “O principal é fazer logo os testes para sentir o nível em que as atletas estão quando elas são contratadas durante a temporada. Isso é fundamental para planejar o resto”, diz Lima.

“Fazemos testes físicos, conferimos os resultados e montamos treinos específicos para as que estão em um nível abaixo do resto. Se elas estiverem acima, diminuímos as cargas para que elas tenham seus melhores momentos em um mesmo estágio das outras atletas”, afirma Lima.

A parte física, entretanto, não é a única preocupação que o Santos FC tem com a montagem do elenco. Lima comenta que o time também precisa acertar a disposição tática das jogadoras e trabalhar fundamentos técnicos em alguns casos. “Quando você pede que o time contrate uma atleta, já sabe para o que ela vai servir dentro do time. Então, sua função é criar exercícios que unam a utilidade de cada jogadora e trabalhem a função coletiva. Para isso, tem de haver muito trabalho de marcação, de movimentação, de situações de jogo”.

Treinos técnicos

Além do trabalho tático, o Santos FC desenvolve atividades diárias para a parte técnica das jogadoras. Isso é feito de acordo com a função que elas desenvolvem no campo e com o que podem encontrar durante as partidas. Atacantes, por exemplo, treinam chutes e controle da bola. Meio-campistas também fazem exercícios como lançamentos e passes longos, enquanto as defensoras repetem lances de velocidade, marcação e interceptação de passes.



 

Tipo de treino

“Não gosto de nenhum trabalho fora da situação de jogo. Isso pode servir na formação de jovens, mas não pode ser feito no nível em que nós estamos. Imaginamos como a marcação pode ser, como o adversário pode se comportar, e trabalhamos a partir disso”, diz Lima.

O técnico faz algumas atividades que não lembram situações de jogo, mas usa isso apenas para aprimorar a parte técnica de suas atletas ou para acertar o movimento delas: “Isso vale para a parte individual, para mostrar que certas coisas podem ser resolvidas de um ou outro jeito. Com o grupo, tudo que fazemos simula o que acontece nas partidas”.

Jogos entre o elenco

“Costumamos fazer jogos apenas quando temos a semana inteira para trabalhar. Isso não é uma regra, mas normalmente funciona desse jeito. Prefiro usar trabalhos táticos, mas jogos entre o elenco também servem para isso. Sempre aproveitamos esses exercícios para acertar a movimentação e a marcação”.

Treinos durante a temporada

“Procuramos fazer atividades pensando no que cada jogadora pode fazer. Isso é ainda mais importante a partir do meio da temporada. Algumas precisam de um tempo maior de recuperação, outras não. Algumas têm músculos mais fortes, mais vitalidade. Tudo isso precisa estar no planejamento”.

Campo reduzido

Assim como a maioria dos técnicos brasileiros, Kleiton Lima costuma fazer exercícios com apenas parte do campo. Isso ajuda a desenvolver a agilidade dos jogadores e trabalha a velocidade de raciocínio. O Santos FC costuma fazer esse tipo de atividade com números diferentes de atletas em cada time ou com uma jogadora que sirva como coringa, sempre ajudando o time que está com a bola. Isso é trabalhado com limitação de toques na bola – cada jogadora pode encostar uma ou duas vezes antes de passar.

Treino de faltas e escanteios

“Os treinos dependem do adversário. Analisamos as características do time que vai jogar contra nós e planejamos as atividades de acordo com isso. Não temos um método específico para treinar esses lances”.

“Ensaiamos muito as faltas e escanteios ofensivos. Trabalhamos o posicionamento, o deslocamento, onde as jogadoras devem estar, para onde devem correr e como devem finalizar. Também fazemos exercícios com diferentes tipos de jogadas: cruzamento direto ou desvio para outra atacante, por exemplo. Há uma série de situações diferentes, tudo sempre repetindo situações de jogo”.

Mulheres x homens

Kleiton Lima começou a carreira como técnico de times femininos. Depois trabalhou nos times de jovens do Santos – chegou a comandar Diego, atualmente no Wolfsburg, e Robinho, que defende o Milan. Também esteve no time profissional masculino do Clube Atlético Assisense, de São Paulo, mas retomou o trabalho com mulheres.

“A parte física é a maior diferença. Os exercícios são os mesmos, mas a intensidade diminui. O trabalho de força é um pouco diferente porque as mulheres não suportam cargas tão pesadas quanto os homens. Também muda a conversa, o jeito de falar. Mulheres são mais emocionais, levam mais para o campo os problemas que vivem fora dele. Por isso, o técnico precisa tomar cuidado no jeito de falar, de exigir ou de elogiar”, diz Lima.




Kleiton Lima orienta atleta do time do Santos: apesar das similaridades de atividades funcionais, intensidade e carga dos exercícios são diferentes em relação aos homens

Potencial físico das atletas

“É importante você conhecer as jogadoras, perceber que cada uma responde de forma diferente. Algumas meninas têm limites próximos aos dos homens, como a Marta. Isso é muito relacionado ao perfil delas”.

Clube x seleção

Além de comparações entre homens e mulheres, Kleiton Lima vive realidades diferentes atualmente. Ele comanda o Santos FC, principal time feminino do Brasil, mas também é técnico do time brasileiro. Por isso, precisa conciliar o trabalho do dia-a-dia em um clube e as análises de jogadoras.

“Minha filosofia é a mesma, mas o tipo de trabalho muda do Santos FC para o time nacional. O time nacional tem picos de concentração e tempo menor de trabalho. Precisamos fazer exercícios para aproveitar melhor o tempo e dar conjunto ao time. Conversamos mais, mesmo quando não temos jogos. O período pequeno é a principal diferença, mas também há outros fatores. Você conhece mais as jogadoras quando passa mias tempo com elas, como acontece no Santos FC. Isso facilita o trabalho”, diz Lima.

“Outro problema é que a seleção tem jogadoras com culturas esportivas muito diferentes. Você pega atletas dos Estados Unidos, do Brasil, da Europa, até algumas com uma realidade mais amadora. É importante montar um planejamento para trabalhar com todas elas”, completa o treinador.


*Material publicado originalmente na revista Soccer Coaching International, parceira da Universidade do Futebol

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terça-feira, 26 de outubro de 2010

Palestra: “Um olhar ético e criativo sobre a gestão esportiva”

“Um olhar ético e criativo sobre a gestão esportiva”

clip_image002Benê Lima é radialista com formação em filosofia mística como Rosacruz. afeito às atividades de comunicação. já  exerceu o cargo de coordenador de fotografia da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo no Projeto Oficinas Culturais. É comentarista e analista de futebol, com conhecimento na gestão deste esporte e nos processos de treinamento a ele inerentes. É diretor superintendente da Liga Cearense de Futebol Feminino (LCFF), qualificando-se e habilitando-se como representante do estado do Ceará na 3ª Conferência Nacional do Esporte. É um dos 4 brasileiros convidados para exercerem a atividade de “expert commentator” [comentarista especialista] dos projetos do desafio ashoka/Nike “transformando vidas através do futebol”.

Local do evento: Sociedade Artística de Maranguape

Rua Major Agostinho, s/nº – Centro (Em frente à Biblioteca Pública Municipal)

Inscrição: com Evaldo Bessa e Sérgio Ricardo

Informações: (85) 3369.9185

Taxa: Cupom fiscal no valor de R$100,00

Data do evento: 30/10/2010 (sábado)

Horário: das 09h às 11h

Público-alvo: acadêmicos, instituições voltadas ao esporte, ligas esportivas, ONGs, fundações e afins.

Número de vagas: 50 (cinqüenta)

Realização: Fundação Viva Maranguape de Turismo, Esporte e Cultura - FITEC

Apoio: Liga Cearense de Futebol Feminino (LCFF), Esportiva Eventos, Governo Municipal de Maranguape

Tópicos / roteirização

          ·        Apresentação

·        Compromisso com verdades não absolutas

·        A Ética precisa ser redefinida

·        As vantagens da Ética

·        O Marketing contempla a Ética

·        ACERTAR é mais humano que ERRAR

·        Pessoas melhores, empresas melhores

·        Diferença entre administração e gestão

·        Pensar a gestão significa contextualizá-la

·        Por que o naming rights não “acontece” no Brasil?

·        Exemplos clássicos de naming rights mal sucedidos (Unimed/For e Arena da Baixada – Kiocera Arena)

·        O anacronismo da FIFA e International Board

·        O aspecto social do futebol

·        Ver globalmente e agir localmente

·        Criatividade e inovação

·        Relações sistêmicas e suas vantagens

·        Um novo calendário para o futebol brasileiro

·        Multidisciplinaridade, interdisciplinaridade e transdisciplinaridade

·        Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD)

·        Estatuto do Torcedor

·        Estatutos dos clubes

·        As vantagens da não-centralização administrativa no esporte

·        A construção do perfil dos clubes de futebol

·        A personalidade dos times de futebol

·        O esporte como um evento

Entre outros…

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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Cidade Esportiva servirá para amarrar plano federal

GUILHERME COSTA
Da Máquina do Esporte, São Paulo - SP

São Bernardo tem projeto para ser cidade do handebol

O governo federal aprovou no dia 20 de setembro um pacote de mudanças na política pública de esportes. Uma das inovações foi a criação do projeto “Cidade Esportiva”, um pacote de incentivos fiscais para locais que admitirem adotar determinada modalidade. Por trás disso está um projeto para “amarrar” todas as iniciativas recentes no segmento.

Com a criação de cidades esportivas, o governo federal conseguirá mapear a prática de esportes e a revelação de atletas no Brasil. Um exemplo é Cruz das Almas (BA), cidade que terá um centro de formação bancado pelo projeto esportivo que a Petrobras lançou na última segunda-feira. Segundo levantamento da companhia, a região é um dos principais polos de produção de boxeadores no país.

“Nós tentamos identificar problemas e resolver aos poucos. Os atletas diziam que o dinheiro de patrocínios muitas vezes não chegava a eles, e por isso nós criamos a Bolsa Atleta. Também solucionamos uma carência antiga com a Lei de Incentivo ao Esporte, que era um plano de renúncia fiscal para essa área. Mas faltava algo que amarrasse isso tudo, e esse projeto é o começo”, explicou Ricardo Leyser Gonçalves, secretário de alto rendimento do Ministério do Esporte.

Até o momento, o governo federal recebeu quase 50 projetos de cidades esportivas. A lista conta, por exemplo, com planos de handebol para São Bernardo do Campo e de canoagem para Rio de Janeiro e Caxias do Sul.

A ideia do ministério é usar o projeto para delinear um mapa da formação de atletas no Brasil. As cidades esportivas serão alinhadas a outro projeto, de criação de centros regionais para cada modalidade.

“Vamos ver, por exemplo, qual região tem uma cultura mais forte para a prática de determinada modalidade. Isso nos ajudará a desenvolver ações para aquele público”, completou Leyser Gonçalves.

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domingo, 3 de outubro de 2010

O futebol universitário nos Estados Unidos

Ao mesmo tempo em que a prática é vista como instrumento de educação, há também o reconhecimento dos “serviços prestados” pelos atletas

Helio D'Anna

Caro leitor,

após cinco anos escrevendo sobre o futebol nos Estados Unidos, me ocorre que muitos leitores novos talvez precisem de uma revisão sobre o futebol universitário desse país. Sempre recebo pedidos de informações e acho que vale a pena essa revisão.

O futebol praticado nos EUA está bastante enraizado no sistema educacional. Isso inclui desde o ensino básico até o universitário. Aliás, historicamente se falando, a presença do futebol na região começou com a prática nas universidades para depois ser adotado por outras faixas etárias.

Pouca gente sabe (mesmo por aqui nos EUA) que desde 1862 universidades americanas oferecem esse desporto. Essa influência veio naturalmente pela influência britânica. Em 1871, a “English Football Association” criou as regras gerais do desporto e devido à falta de acordo com diferentes interesses, a associação separou-se em dois grupos, um resultando nas regras clássicas do futebol, e outro nas regras que passaram a ser chamadas de rugby.

Nos Estados Unidos, em princípio, as regras do rugby foram adotadas. Isso eventualmente levou a criação do esporte “football”, que hoje em dia é o futebol americano (às vezes imagino o que teria acontecido se as universidades tivessem adotado as outras regras...). O fato interessante é que o primeiro jogo oficial de soccer nos EUA é tambem visto como o primeiro de American Football (Rutgers contra Princeton, em 1869).

De qualquer maneira, o desporto futebol continuou sendo praticado por universitários e em 1901 voltou a ser incorporado em competição (universidades da região de Nova York fizeram jogos nesse ano). De lá para cá muita coisa mudou e hoje o futebol é um dos esportes de maior sucesso dentre as universidades americanas. Já que esse é o meio em que trabalho, gostaria de mostrar sua organização geral.

Observo que os dados referidos são relativos ao futebol masculino e vou falar do futebol feminino numa outra oportunidade.

Uma das claras características da sociedade americana com relação ao desenvolvimento é o incrível número de universidades que esse país possui: mais de quatro mil (mais precisamente, 4.168). São ao todo quase 16 milhões de pessoas cursando universidades no momento. Em nível de ligas universitárias, há três principais no país: a NCAA (National Collegiate Athletic Association), que possui divisão 1, 2 e 3; a NAIA (National Association of Intercollegiate Athletics), e a NCCAA (National Christian College Athletic Association).

Há tambem uma liga específica para instituições que oferecem diplomas de nível pós-secundário/pré-universitário (chamadas de junior colleges): a NJCAA (National Junior College Athletic Association).

Cada instituição decide qual liga reflete melhor suas características e dessa maneira decide a qual liga se afiliar. Em geral, as diferentes ligas acabam por agrupar instituições “parecidas” no sentido de tamanho, número de alunos, afiliação religiosa, disponibilidade de oferta de bolsas, etc. E essas ligas não são necessariamente colocadas em progressão ou como qualificatórias umas às outras (por exemplo, não há “acesso” ou “descenso”). O ponto comum em todas essas ligas é a organização geral da competição desportiva (incluindo o futebol).

Como o país é grande, as escolas são divididas em regiões. Cada região possui duas ou três subdivisões chamadas de conferências. Eu trabalho numa universidade afiliada à NCAA divisão 2, e minha liga possui oito regiões com duas conferências cada e com 10 a 15 escolas em cada conferência (minha liga tem por volta de 250 universidades que oferecem futebol competitivo).

Dentro de cada conferência, os times jogam entre si em um turno (a cada ano inverte-se o mando de jogo). Há tambem jogos agendados que “cruzam” times da outra conferência em cada região (e também de outras regiões). Durante o decorrer do campeonato, os times são ranqueados dentro de suas conferências (baseados no confronto direto e na adição de pontos acumulados). Os times também são ranqueados dentro de sua região (esse ranking é estabelecido por votos de comitês, já que não há um confronto direto de todos os times da região por falta de tempo hábil). Os melhores times da região entram, então, no ranking nacional (também estabelecido por comitês).

Assim, ao fim da temporada regular (pontos corridos), começam os play-offs (mata-matas). Os campeões das conferências, mais os times ranqueados em suas regiões, começam essa disputa e cada região também estabelece por mata-mata seus campeões. Daí vem a fase nacional (campeões das regiões mais os melhores ranqueados no país) e o mata-mata segue até se estabelecer o campeão nacional.

O povo americano adora o formato de play-off. O interessante da cultura americana é que há obviamente um reconhecimento grande do campeão nacional, mas também se “celebram” todos os outros campeões (das conferências e das regiões) e também dos times que terminam no ranking nacional final (os times top 25). Assim, várias universidades veem seus nomes reconhecidos no país inteiro, e sentem seu esforço “pago” mesmo sem terem sido campeãs nacionais.

As universidades investem (e muito) dinheiro em seus programas. A começar pela estrutura física – as universidades normalmente têm excelentes campos, vestiários, etc. Boas condições de trabalho é dada aos técnicos em nível de material, apoio, etc. E muito importante: dinheiro é investido “indiretamente” em relação a bolsas de estudos a serem oferecidas aos atletas.

Ao mesmo tempo em que a prática de futebol universitário é vista como instrumento de educação, há também o reconhecimento dos “serviços prestados” pelos atletas. Em troca de representarem as universidades nas competições, os atletas recebem bolsas de estudo (parcial ou total). Cada liga estabelece o número máximo de bolsas que pode ser oferecido (ao fim do dia, não é todo mundo que estuda de graça). O preço médio para se estudar em universidades nos EUA é de 10 mil dólares por ano (algumas chegam a custar 50 mil por ano).

Não há ensino universitário gratuito por aqui. E cada liga tem regras diferentes quanto ao número de bolsas a serem oferecidas, mas uma coisa é certa: a quantia total é alta e representa milhares de dólares (minha universidade permite distribuição de 180 mil pelos 22 jogadores).

Na verdade, o técnico universitário tem que ser um bom negociante e convencer muitas vezes familiares a pagarem parte do custo da escola e perceberem as vantagens em se fazer isso (qualidade da universidade, qualidade do time, etc). O processo de se recrutar jogadores é uma arte em si própria. Em outro momento eu contarei como se faz para se dar “um jeitinho” aqui nos Estados Unidos, e se obter fontes de ajuda para aumentar o número de bolsas que podem ser oferecidas pelas universidades.

Com relação à duração do campeonato universitário, a temporada de futebol ocorre no primeiro semestre do ano letivo americano (que começa em agosto por aqui). O segundo semestre letivo (que começa em janeiro) tem um calendário de jogos amistosos e torneios isolados (aliás, essa é uma das críticas que amantes do futebol fazem: por que não fazer a temporada mais longa...).

Jogadores que demonstram aptidão e interesse em seguirem carreira profissional dentro do futebol têm a chance de jogar uma liga de férias de verão que possui times semi-profissionais. A liga é chamada PDL (Professional Develpomental League) e em parte ajuda a saciar a vontade de “mais jogos” que os jogadores universitários muitas vezes sentem.
Aliás, o futebol universitário é uma das principais fontes de jogadores para os times profissionais nos EUA. Apesar de não ser a única fonte (há jogadores que não jogam em nenhuma liga universitária, mas se profissionalizam), essa liga realmente proporciona a esmagadora maioria. Quando alunos se formam nas universidades, eles são colocados no que se chama de “draft”, que é o sistema pelo qual os jogadores são ranqueados (que surpresa) e são alocados aos clubes profissionais por sorteio. Daí os clubes escolhem jogadores ou repassam seu direito de escolha a outros clubes em troca de dinheiro ou futuras escolhas. A descrição mais detalhada do futebol profissional americano virá num futuro próximo.

Em conclusão, a liga universitária americana é uma tremenda fonte de talentos e de desenvolvimento de jogadores, assim como uma provedora de chances de se conciliar estudos com a prática desportiva de alto nível. Como resultado, a maioria esmagadora de jogadores profissionais de futebol nos EUA engloba pessoas com diploma universitário. Isso dá a esses atletas a chance de ter um futuro garantido quando a carreira de atleta profissional termina. Isso tambem dá ao técnico de futebol profissional o privilégio de interagir com atletas supostamente mais preparados intelectualmente para lidar com as pressões e situações comuns a atletas profissionais.

Esse sistema não é perfeito, mas é sem dúvida nenhuma interessante. Como técnico universitário, me sinto abençoado em poder ter impacto na formação de meus jogadores, dando a eles a chance de crescerem dentro e fora dos campos.

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sexta-feira, 1 de outubro de 2010

II Seminário Cearense de Psicologia do Esporte

O seminário, que acontece nos dias 01 e 02 de outubro, conta coma chancela da Federação Internacional de Educação Física - Fiep

Teve início na manhã desta sexta-feira (01), no campus da Fic Via Corpus, o II Seminário Cearense de Psicologia do Esporte. O evento é uma realização da Esportiva Eventos, em parceria com a Estácio – Fic, a Universidade Estadual do Ceará – UECE e a Liga Cearense de Futebol Feminino, tem como objetivo discutir os fatores psíquicos que interferem nas ações do exercício físico e no esporte.

O Secretário de Esporte e Lazer de Fortaleza, professor Evaldo Lima, participou da mesa de abertura do seminário. Segundo ele, iniciativas acadêmicas dessa natureza são indispensáveis para o desenvolvimento dos esportes de alto rendimento, “Nos próximos anos estaremos no centro das atenções do mundo esportivo, com a realização da Copa do Mundo FIFA 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016, mas o Brasil só poderá se tornar uma grande potência esportiva com a participação das universidades”.

O professor Evaldo Lima foi também homenageado com a entrega do livro “Psicomotricidade – Pressupostos Teóricos e Práticos”, organizado por estudantes e professores da Estácio – Fic. Para Andréa Benevides, Coordenadora do Curso de Educação Física da instituição, “O presente é apenas o reconhecimento à dedicação de Evaldo Lima ao crescimento do esporte em Fortaleza.

Leia mais: II Seminário Cearense de Psicologia do Esporte

Blog do Prof. Evaldo Lima e Amigos

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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Juliana Cabral cobra Lei Pelé para o futebol feminino

Danilo Vital, especial para a GE.Net - Osasco (SP)

Foto Sergio Barzaghi/Gazeta Press

Juliana Cabral (dir), ao lado de Paloma Tocci e Marília Ruiz (esq): companheiras comentaristas

Ex-jogadora de prestígio no futebol feminino, Juliana Cabral pendurou as chuteiras há dois anos. Nada mudou no cenário nacional, desde então. Comentarista esportiva na Rede TV!, a ex-zagueira da seleção brasileira lamenta a falta de organização que acaba por minar todos os avanços obtidos por sua geração nos últimos anos.

"O futebol feminino precisa se organizar. A Lei Pelé não diferencia futebol masculino e feminino. Não há leis distintas, é uma só para o esporte todo. Precisa de profissionalização, de contratos e patrocínios, de um calendário", lamentou a ex-jogadora, que por 16 anos atuou profissionalmente, quando as condições eram ainda piores.

Com passagens por Corinthians, São Paulo, Vasco e times no exterior, Juliana foi titular da seleção brasileira por 13 anos. Disputou duas Olimpíadas e dois Mundiais. Conseguiu a medalha de prata nos Jogos de Atenas, em 2003, feito inédito para o esporte. No ano seguinte, participou da campanha da medalha de ouro no Pan-americano de Santo Domingo.

"Infelizmente, o futebol feminino só é lembrado em épocas importantes. O Campeonato Paulista está sendo disputado agora e só tem o Santos de time grande. Tem o Juventus, que é de tradição, mas de resto são times de prefeitura lutando para se manter. No final do ano, vai ter a Copa do Brasil. São só dois campeonatos. Precisamos de um calendário", cobra a comentarista de 28 anos.

A desorganização do esporte acabou influenciando no final prematuro da carreira de Juliana Cabral. Em 2008, ela passou por indefinição quanto à continuidade do time feminino do Corinthians. "Quando vimos, já tinha um time novo contratado e o velho foi dispensado inteiro", relembrou a ex-zagueira, que garante não guardar mágoas.

"Fiquei chateada porque ainda tinha objetivos a alcançar. Depois que aconteceu isso, decidi fechar esse ciclo da minha carreira. Não tenho mágoas, mas foi uma decisão difícil para mim. Dei tudo o que eu tinha", complementou Juliana, na expectativa por mudanças estruturais para aumentar o incentivo ao esporte.

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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Projeto de Esporte e Lazer envolverá jovens do Grande Bom Jardim

Teve início nesta semana, a capacitação dos agentes sociais que atuarão no Programa Esporte e Lazer na Cidade (Pelc), no Território de Paz, área do Grande Bom Jardim. A implantação do Pelc no âmbito do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) é feita em parceria entre a gestora municipal do Pronasci, Guarda Municipal e Defesa Civil (GMF), Secretaria de Esporte e Lazer de Fortaleza (Secel) e a Secretaria Executiva Regional (SER) V e Liga Cearense de Futebol Feminino.

Após a capacitação dos monitores, o programa será efetivamente implantado. A expectativa é atender 750 jovens com idade entre 17 e 29 anos. Inicialmente, será feito um mapeamento das áreas propícias às vivências esportivas e culturais nos bairros do Território de Paz, composto pelos bairros Granja Lisboa, Granja Portugal, Siqueira, Canindezinho e Bom Jardim. A ideia é que a comunidade colabore apontando campinhos, quadras e praças que possam acolher as oficinas. A capacitação segue até dia 11 de setembro e reúne atividades como rodas de diálogos, exibição de filmes e visitas aos núcleos do Grande Bom Jardim, totalizando 32h/aula.

O Pelc/Pronasci vai oferecer uma programação variada, incluindo basquete, orientação de caminhada, capoeira, futebol, futevôlei, futsal, ginástica, jogos de tabuleiro, skate, voleibol, teatro e grafitagem-muralismo. Segundo o guarda municipal e educador físico Ítalo Borges, que compõe a equipe de coordenadores do Pelc/Pronasci, uma das inovações do projeto é a utilização de espaços não-formais para as atividades. “Nós vamos utilizar praças, ruas sem saída e, campinhos com o objetivo de difundir o esporte recreativo e não o espírito de competição”, ressalta o educador.

Fonte: PMF / blog do Professor Evaldo e Amigos

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domingo, 5 de setembro de 2010

Santos quer patrocínios para o feminino

EDUARDO LOPES
Da Máquina do Esporte

Site Oficial do Santos Futebol Clube

As “Sereias da Vila”, apelido recebido pelo time de futebol feminino do Santos, foram destaques em 2009 ao levarem a Copa do Brasil e a Copa Libertadores da categoria. Agora, a diretoria do time busca novos patrocínios para sustentar o time. Para isso, conta com a visibilidade das principais competições do ano, que acontecem neste segundo semestre de 2010.

Atualmente, a equipe carrega na camisa a marca da Copagaz, como patrocinadora máster. No entanto, o marketing santista espera o andamento da Copa do Brasil, que começou na última semana, e da proximidade da Libertadores e do Mundialito, competição que não é da Fifa, mas é considerada o mundial da categoria. A intenção é colocar novas marcas nas mangas e nos shorts.

Este ano, no entanto, a captação de novos recursos não deve ser tão fácil quanto em 2009. Naquele ano, que consagrou a equipe recém-formada, o elenco contava com Marta e Cristiane, as duas melhores jogadoras do mundo. Ambas jogaram a Libertadores porque o torneio ocorreu durante um período de paralisação da liga americana, onde elas jogam.

Outra complicação que a diretoria santista pode enfrentar é a data para conseguir empresas interessadas em novos patrocínios. Como já se passou mais da metade do ano, a maioria das grandes empresas já fechou o orçamento para o marketing. Esse é o problema vivido pelo São Paulo, que não consegue suporte fixo após romper com a LG.

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domingo, 29 de agosto de 2010

Esportiva Eventos realizará Seminário de Psicologia do Esporte

II SEMINÁRIO CEARENSE DE PSICOLOGIA DO ESPORTE

Data: 01 e 02 de Outubro

Local: Estácio – FIC (Via Corpvs)

Carga horária: 20 horas

Chancela: Federação Internacional de Educação Física - FIEP

Investimento: R$ 60,00

Apoios: Estácio –FIC / Universidade Estadual do Ceará - UECE / Liga Cearense de Futebol Feminino - LCFF

Informações e inscrições: (85) 8533.2783 / (85) 9652.2787

esportivaeventos@gmail.com

PROGRAMAÇÃO

01/10

08h - Credenciamento e inscrição

09h - Abertura

09h30 - Mesa redonda: Psicologia do esporte e alto rendimento

10h40 - Intervalo

11h - Palestra I: Instrumentos de avaliação psicológica no contexto esportivo

11h50 - Intervalo

13h30 - Workshops:

1. Fundamentos da preparação psicológica (concentração, motivação, controle emocional);

2. Liderança de resultados;

3. Programa de preparação psicológica: modalidade futebol.

18h - Encerramento 1º dia

02/10

09h Abertura 2º dia

09h10 - Palestra II: Transição na Carreira Esportiva - A Atuação do Psicólogo

10h - Intervalo

10h20 - Relato de experiência: Programa de preparação psicológica

11h10 - Palestra III: A preparação psicológica nos esportes coletivos

12h - Intervalo

13h30 - Workshops:

1. Fundamentos da preparação psicológica (concentração, motivação, controle emocional);

2. Liderança de resultados;

3. Programa de preparação psicológica: modalidade futebol.

17h - Encerramento, entrega de certificados e foto oficial

17h30 - Coffee break

Facilitadores:

Prof. Dr. Orozimbo Leão (UFC);

Prof. Ms. Assis Parente (FIC);

Prof. Ms. Ricardo Ângelo (FIC);

Prof. Ms. Edson Palomares (FIC e FGF);

Ms. Thabata Telles (UNIFOR);

e convidados.

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sábado, 28 de agosto de 2010

LabGE tem 2ª etapa na FGF revestida de grande sucesso

Apoio e parceria foram fatores decisivos para o êxito da experiência

Evandro Ferreira Gomes

Daiany França          Edson Palomares

Professor Evandro Ferreira Gomes, pós-graduado em marketing (acima), Daiany França, coordenadora do evento e Ms. Edson Palomares, FGF (abaixo) / Foto: Kid Jr.

Superou a expectativa de seus realizadores a presença de público que acorreu à 2ª Etapa do Laboratório de Gestão Esportiva do Ceará (LabGE), organizado pela Esportiva Eventos, empresa que tem a frente Daiany França, coordenadora da iniciativa.

O LabGE tem como característica inovadora ser itinerante, o que possibilita uma maior diversidade de seus participantes, além da oportunidade promover uma mais ampla discussão no meio acadêmico sobre a produção de conhecimento nas áreas de gestão e marketing esportivo.

Cópia de CAUCAIA 0 X 0 FORTALEZA 24-07-2010 017 Delegação da Fitec, Maranguape, se fez representar

A Fundação Viva Maranguape de Turismo, Esporte e Cultura (Fitec) esteve presente ao encontro deste sábado no auditório da FGF, através do professor Sérgio Ricardo e de Adriano Lopes, bem como o representante da Secretaria de Cultura daquele município, Cristiano Macedo.

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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Saiba mais sobre a iniciativa gratuita do LabGE

A Esportiva Eventos mais colaboradores está desenvolvendo o Laboratório de Gestão Esportiva do Ceará - LabGE, iniciativa que tem por finalidade reunir estudantes e profissionais de Educação Física, Lazer e Esportes. Os encontros são itinerantes e o primeiro deles aconteceu na Universidade Estadual do Ceará (UECE) no mês de julho próximo passado.

Nesses encontros serão discutidos assuntos e encaminhadas práticas relacionadas a Administração e Marketing Esportivo (Gestaão Esportiva). Ainda como uma de suas pretensões o LabGE buscará produzir trabalhos científicos relevantes para a sociedade e para a carreira profissional de seus participantes.

Abaixo slides de apresentação do LabGE (clicar em cima da figura caso deseje vê-la maior)

Próximo encontro: 28 agosto 2010    - Tema de estudo: Indústria do esporte.
Informações: (85) 8533.2787 // 9652.2787

Ficha de inscrição e Programação: esportivaeventos@gmail.com

"O que busca se qualificar está em busca de alcançar os seus próprios sonhos!" (Daiany França)

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sábado, 21 de agosto de 2010

Copa do Mundo FIFA: uma oportunidade mundial para o marketing promocional

por Edison Tadayuki Ishibashi

Reportagem de Ana Luiza Panazzio para o Guia Freeshop

Clique nas páginas e confira.

Guia Freeshop - Julho de 2010

Guia Freeshop - Julho de 2010

Guia Freeshop - Julho de 2010

  • Fonte: ABRAESPORTE

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Desafio G-20 busca projetos que ampliam financiamento para pequenas e médias empresas

O Grupo dos 20 e o Changemakers da Ashoka, com o apoio da Fundação Rockefeller, lançam um concurso on-line para encontrar modelos mundiais inovadores de parcerias público-privadas que catalisam financiamento para pequenas e médias empresas (PMEs). O Desafio G-20: financiamento para PMEs, primeiro desafio global lançado pelo G-20, é um esforço único de inclusão financeira destinado a dar a pequenos empresários a oportunidade de expandirem seus negócios.

As pequenas e médias empresas desempenham um papel fundamental no desenvolvimento econômico e, muitas vezes, são a maior fonte de geração de empregos em mercados emergentes. Mas, de forma geral, as PMEs são muito pequenas para atrair bancos comerciais ou o interesse de investidores ou grandes demais para se beneficiarem de produtos de microfinança. A falta de acesso ao financiamento é um dos principais obstáculos ao crescimento dessas empresas.

Por isso, o G-20 quer conhecer por meio desse concurso on-line modelos de boas práticas no financiamento de PMEs e ajudá-los a ampliar sua escala. Em Toronto, durante o último encontro dos líderes do G-20, o primeiro ministro do Canadá, Stephen Harper, anunciou este desafio global de inovação em investimentos para PMEs. Harper também se comprometeu a destinar US$20mi do governo canadense para os vencedores do concurso.

O Desafio G-20: financiamento para PMEs é um desafio único que, pela primeira vez na história do G-20, solicita o setor privado a identificar os modelos que abrem caminhos e que tornam os programas públicos mais eficazes para alavancar o financiamento privado. Instituições financeiras privadas, investidores, empresas, fundações e organizações da sociedade civil são convidados a apresentar propostas. Os modelos considerados bem sucedidos deverão demonstrar: inovação, potencial de expansão, escala, impacto social e econômico e sustentabilidade. As inscrições estão abertas até o dia 05 de setembro no site do Changemakers.

Até 15 propostas serão escolhidas como vencedoras. Os vencedores do desafio representantes de todas as regiões (África, Ásia Oriental e Pacífico, Europa e Ásia Central, América Latina e no Caribe, Oriente Médio e Norte da África, e Ásia do Sul) serão convidados para o Encontro global do G-20, em novembro de 2010, na Coreia, onde serão reconhecidos por suas ideias inovadoras. Além disso, os vencedores serão apresentados a investidores e doadores em uma conferência para PMEs a ser realizada na Alemanha.

Para mais informações clique aqui.

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sábado, 31 de julho de 2010

Elenice Tamashiro, gerente do programa Changemakers da Ashoka

Por Bruno Camarão






Elenice Tamashiro

Gestora ligada a projetos sociais fala do desafio “Transformando Vidas Através do Futebol”


O esporte possui potencial para realizar transformações e apresentar inovações também no campo social? A resposta para a Ashoka e o programa Changemakers é positiva. E o trabalho dessa equipe de inovadores para planejar estratégias de mudanças e inspirar outros entusiastas não poderia deixar o futebol fora do contexto.

Nasceu, então, o desafio “Transformando Vidas Através do Futebol”, cujo objetivo é conhecer ideias inovadoras sobre como a modalidade coletiva mais popular do mundo pode alavancar o potencial dos jovens, fortalecer suas comunidades, impulsionar o desenvolvimento e acelerar mudanças na sociedade. O projeto é uma parceria da organização com a Nike, tradicional marca e fabricante de materiais esportivos.

“A experiência com este desafio, em âmbito global, demonstrou que existem projetos estruturados com resultados concretos, na forma como estão mudando vidas de milhares de pessoas através do futebol, com forte orientação educacional para fortalecer os jovens para aumentar sua participação cidadã e ajudar a desenvolver suas respectivas comunidades”, explica Elenice Tamashiro, gerente do programa Changemakers da Ashoka.

Além da responsabilidade com a questão da saúde dos jovens e o oferecimento de um caminho para a construção de uma cultura de paz e respeito à diversidade, o desafio tem a intenção de agregar cada vez mais pessoas para participar do “time”.

Como aponta Elenice, desde o dia 27 de julho qualquer internauta pode votar em um prêmio que distribui um total de U$ 90.000,00 para as melhores ideias que utilizam o futebol para a mudança social. O “Transformando Vidas Através do Futebol” tem 293 inscrições de projetos em 63 países, sendo 36 inscrições somente no Brasil.

Iniciativa da Ashoka, organização mundial, sem fins lucrativos, pioneira no campo da inovação social e trabalho e apoio aos empreendedores sociais, o programa Changemakers se desenvolveu com base no histórico e na experiência da organização e na crença da construção de uma sociedade global onde “todos podem mudar o mundo”.

Trata-se de uma comunidade on-line que identifica projetos inovadores e permite aos seus membros colaborarem entre si para encontrar as melhores soluções para os problemas sociais mais urgentes. Em época de Copa do Mundo, e de olho na edição de 2014, que será realizada no Brasil, a confiança é que novos pensadores se sintam mobilizados a dar sua contribuição ao planeta.

“O jovem é a força motriz de futuras gerações, podendo causar impacto positivo uma vez que ele receba acesso à informação correta, o caminho para se atingir determinado objetivo, um mundo de possibilidades que é o futebol. A modalidade pode oferecer para ele essa mudança de realidade, mostrar-lhe que é possível mudar, fazer acontecer, multiplicar as ações para impactar mais gente”, acredita Elenice, que aprofunda a discussão nesta entrevista à Universidade do Futebol.

Universidade do FutebolQual é a proposta essencial da Ashoka e quais os principais objetivos do programa Changemakers?

Elenice Tamashiro – A Ashoka é pioneira no campo da inovação social. A missão é contribuir para criar um setor social empreendedor, eficiente e globalmente integrado, e a visão dela é “todo mundo pode mudar o mundo”.

A proposta essencial da organização é provocar transformação social com prática do conceito do empreendedorismo social em vários campos de atuação, como saúde, educação, participação cidadã, direitos humanos, desenvolvimento econômico e meio ambiente.

A proposta é colocada em prática através da seleção e investimento em empreendedores sociais, criação de estruturas /sistemas que possam apoiá-los de maneira a expandir suas inovações (projetos inovadores) e provocar a mudança também através de suas comunidades – onde entra o conceito do “todo mundo pode mudar o mundo”.

O Changemakers é uma iniciativa da Ashoka, que se desenvolveu com base no histórico e na experiência da organização e na crença da construção de uma sociedade global onde “todos podem mudar o mundo". É uma comunidade on-line que identifica projetos inovadores e permite aos seus membros (inovadores - dentro e fora da rede Ashoka -, investidores e entusiastas) colaborarem entre si para encontrar as melhores soluções para os problemas sociais mais urgentes.

O “Changemakers é um sólido ‘laboratório’ para lançar, aperfeiçoar e ampliar novas ideias, permitindo aos membros de nossa comunidade mais oportunidades para que as mudanças ocorram mais rápido e de forma efetiva”.

Além do objetivo de aumentar as colaborações entre inovadores sociais do mundo inteiro, um grande objetivo do Changemakers é promover acesso democrático aos recursos aos inovadores sociais que participam dessa comunidade global on-line para que possam aumentar seu impacto no seu contexto local e global. Ou seja, visibilidade e oportunidade deles; oportunidade e visibilidade a inovadores sociais.

Como o futebol pode ajudar na superação das dificuldades em leitura, escrita, raciocínio lógico e relacionamentos?

Conheça mais sobre o projeto "Educação do Corpo Inteiro"

Universidade do Futebol Você tem experiência em lidar com projetos, impactos e inovações na área social. Como ocorreu sua trajetória até chegar à Ashoka, com a gerência do programa de Changemakers?
Elenice Tamashiro – Durante a faculdade, onde estudei administração pública, tive a oportunidade de trabalhar com projetos sociais através da Jr. Pública, estágio em captação de recursos na própria EAESP-FGV. Tive algumas experiências em setor privado, estava em processo de decisão sobre qual caminho tomar na profissão, mas sabia que gostava mesmo é de trabalhar com o setor social.

Tinha curiosidade para saber mais sobre investimento social, como os inovadores sociais estavam atuando com seus projetos para melhorar a vida das pessoas, impacto no meio ambiente, etc.

Depois de uma experiência com investimento social comunitário onde desenvolvemos capacitação para lideranças locais, de oito cidades do estado de São Paulo, sobre mobilização de recursos (não somente financeiros, mas ativos da comunidade) para aumentar a sua base de sustentabilidade, voltei a trabalhar em setor privado porque queria uma experiência em consultoria que pudesse me ajudar a ter uma visão sistêmica e ajudar a trazer melhores e efetivas soluções para um determinado problema.

Embora não tenha tido uma vasta experiência com consultoria, havia algo que faltava no meu dia-a-dia. No final do trabalho, sempre queria saber qual era o impacto daquilo na vida das pessoas, quem estava ao nosso redor, etc. Foi quando surgiu a oportunidade me em juntar à equipe da Ashoka Brasil para estruturar a área financeira.

Éramos uma equipe pequena, o que nos permitia envolvimento em todos os tipos de atividades e exposição a variados temas, espaço para testar, criar novos processos. A Ashoka me proporcionou um grande desenvolvimento profissional que foi importante para ajudar a compor a equipe global do Changemakers.

Cada um de nós está em um canto do mundo, com uma dinâmica de trabalho on-line intensa (nem parece que estamos tão longe), mas com atividades e metas muito concretas.

Escola de futebol foi viabilizada por meio de parceria entre instituição filantrópica, Escola Municipal, iniciativa privada e comunidades carentes

Conheça mais sobre o projeto "Bola Cheia"

Universidade do Futebol Ainda está sendo montado um cenário dos projetos com as principais inovações dentro da realidade brasileira? O que você poderia falar dessa experiência com o projeto “Transformando Vidas Através do Futebol”?

Elenice Tamashiro – Creio que existe muito espaço para inovação considerando contextos locais, no sentido de que você sempre pode inovar levando em conta o que é relevante para a cultura de determinada região e comunidades.

A experiência com este desafio, em âmbito global, demonstrou que existem projetos estruturados com resultados concretos, na forma como estão mudando vidas de milhares de pessoas através do futebol com forte orientação educacional para fortalecer os jovens para aumentar sua participação cidadã e ajudar a desenvolver suas respectivas comunidades; para serem responsáveis com a questão da sua saúde; construção de uma cultura de paz; respeito à diversidade.

Além disso, a convocatória colaborativa também trouxe projetos inovadores, em fase de implementação, os quais demonstraram seu potencial de impacto e que certamente poderá chamar a atenção de outros membros da comunidade, como investidores sociais, para acompanhar e apoiar o seu progresso.

Universidade do Futebol Como funciona propriamente o desafio? Em que etapa o projeto se situa?
Elenice Tamashiro – Antes de lançar qualquer desafio colaborativo para o público, o Changemakers da Ashoka e o investidor definem o seu escopo e objetivos do desafio. Neste caso, em parceria com a Nike, o nosso norte era: de que forma o futebol poderia ser empregado para fortalecer comunidades, aumentar o desenvolvimento e conduzir mudanças sociais?

O cenário global era o de se inspirar a mudança social através do futebol, intenção de encontrar a próxima geração de líderes que estão usando o futebol para liberar o potencial dos jovens de forma que eles pudessem ajudar a fortalecer suas comunidades, impulsionar o desenvolvimento e promover a mudança social.


Então, o processo se dá em fases: definição do escopo; lançamento/convocatória (difusão do desafio na nossa rede de investidores, inovadores, organizações sociais e membros da comunidade on-line); participação da comunidade global on-line constante (nossa comunidade on-line participa com reflexões, comentários e sugestões junto às inscrições); painel de jurado (especialistas e referências internacionais de fundações, empresas, sociedade civil de diferentes regiões) que seleciona os finalistas do desafio; votação (campanha de mobilização para que toda comunidade global de inovadores possa eleger os ganhadores do desafio).

No dia 27 de julho deste ano, anunciamos os 12 finalistas do desafio e iniciamos a campanha de votação junto aos finalistas, novos parceiros (quanto maior número de parceiros engajarmos neste período, melhor). A novidade dessa edição do desafio é que a campanha tem uma forte estratégia de marketing on-line e redes sociais no mundo. Por exemplo, é possível votar em seu projeto finalista favorito pelo aplicativo do Facebook: http://apps.facebook.com/gamechangers-change.

É incrível, cada pessoa que possui perfil no Facebook pode incluir o aplicativo, votar e convidar os amigos para votarem. Isso também é uma forma de ajudar na mudança social. Votar é um ato de mudança! Cada voto conta e isso ajudará a aumentar o impacto do projeto em sua comunidade.

Crianças são educadas através do futebol com a utilização de conceitos biblicos

Conheça mais sobre o projeto "Futebol Atos"

Universidade do Futebol Este projeto é uma parceria entre a Ashoka e a Nike. Como se deu essa aliança?
Elenice Tamashiro – Basicamente é a terceira edição da parceria. Ele foi desenvolvido a partir do sucesso de dois desafios colaborativos que ajudaram a balizar as melhores ideias no campo emergente do esporte para a mudança social – os desafios “Esporte para um Mundo Melhor” e “GameChangers: Virando o Jogo para Mulheres no Esporte”.

Tanto através de suas parcerias na África para apoio a comunidades que lutam contra o HIV/AIDS, como em sua campanha “Apareça e Mostre sua Voz (Stand Up Speak Up)”, para empoderar fãs do esporte a manifestar sua oposição ao racismo, a Nike reconheceu há tempos o poder que o futebol tem de provocar mudanças reais.

Universidade do Futebol De que maneira a ideia da responsabilidade social voltada ao futebol se formou dentro da Ashoka? O que a instituição busca nesse sentido?

Elenice Tamashiro – Na verdade, a Ashoka e o Changemakers trabalham na identificação de soluções inovadoras para os problemas sociais mais urgentes do mundo junto com os investidores como a Nike (desenvolver potencial do jovem através do futebol, combate a HIV/AIDS, etc.), Rockefeller (desbloqueio de financiamentos para PMEs – neste, tivemos a adesão do G-20 na qual o governo do Canadá anunciou o investimento de U$ 20 milhões para os finalistas do desafio –, exemplo de acesso a democratização dos recursos) e Artemisia (buscava modelos de negócios sociais que melhoram a qualidade de vida de pessoas de comunidade de baixa renda).

O Changemakers é uma iniciativa da Ashoka que trabalha o investimento social estratégico junto com estes investidores de maneira a criar maior impacto social. O conteúdo gerado do desafio é uma das maneiras de mostrar as “tendências das barreiras que devem ser transformadas para que aconteça a mudança, bem como oportunidades e conceitos para se trabalhar o tema”.

Deste modo, a iniciativa Changemakers contribui, ajuda, orienta as empresas e fundações para o uso eficaz e mais estratégico do seu investimento social.

Universidade do Futebol O que você e a equipe do desafio concluíram sobre o tema “socialização do esporte” no Brasil e no mundo? Há diferenças a serem destacadas entre as propostas nacionais e as estrangeiras?

Elenice Tamashiro – O esporte cada vez mais se mostra como uma frente, um caminho para trazer maior impacto social. Ele trabalha a colaboração, a auto-estima, fortalecimento de comunidades e aumento de sua participação como cidadãos (em seus direitos e deveres), respeito à diversidade, empoderamento econômico, etc.

Creio que há poucas diferenças entre as regiões no mundo. Foi muito interessante ver como os projetos de futebol, para provocar a mudança, trabalham de modo transversal a diversidade (gênero – quebra de estigma da mulher no esporte; pessoas com e sem deficiência/times mistos de meninos e meninas na mesma equipe, por exemplo, para fortalecer técnicas do jogo com base no respeito ao outro;), cultura de paz, competências do esporte (trabalho em equipe, liderança, etc.), que podem levar a um bom desempenho profissional, etc.


Jovens angolanos têm oportunidades e melhores condições de vida a partir do estímulo ao protagonismo juvenil


Conheça mais sobre o projeto "Virando o Jogo"

Universidade do Futebol O cenário atual do mundo é também inspirar a mudança social por intermédio do futebol? Em sua opinião, como liberar o potencial de jovens, para que estes fortaleçam suas comunidades, alavanquem o desenvolvimento e promovam mudanças?

Elenice Tamashiro – Acho que pelo esporte, em geral. O futebol é o mais popular, deve ainda mais chamar atenção agora para a Copa de 2014, é uma boa oportunidade para que a sociedade civil brasileira também pense qual seria o legado social de grandes eventos como este.

Existe uma rede, chamada REMS – Rede de esporte para mudança social –, idealizada inicialmente pela Nike. Trata-se de um grupo de organizações sociais focadas no esporte que trabalham incansavelmente sobre a importância do esporte na criação e aumento do impacto social. Ele discute e propõe uma agenda comum para o legado social do esporte no Brasil.

O jovem é a força motriz de futuras gerações, podendo causar impacto positivo uma vez que ele receb acesso à informação correta, o caminho para se atingir determinado objetivo, um mundo de possibilidades que é o futebol. A modalidade pode oferecer para ele essa mudança de realidade, mostrar-lhe que é possível mudar, fazer acontecer, multiplicar as ações para impactar mais gente.

Universidade do Futebol No esporte, de que modo pode-se trabalhar a questão social sem decair no mero assistencialismo?
Elenice Tamashiro – Vale também o bom e velho clichê do “ensinar a pescar”. Se você oferece oportunidades e acesso a informações, aposta no potencial das pessoas, por exemplo, o que o treino, o jogo podem oferecer para desenvolvimento das competências pessoais que podem ser praticadas no seu dia-a-dia, elas serão capazes de “criar um negócio do pescado”, desenvolver a melhor “cadeia de produtiva do pescado” em colaboração com cada elo de produção da cadeia, porque um dia tiveram essa oportunidade e poderão repassar a mesma ação para frente.

Universidade do Futebol Também a partir de sua visão profissional e acadêmica particulares, de que forma o processo da educação auxilia no desenvolvimento do raciocínio, da criatividade e na compreensão dos fatores externos vividos pelas pessoas?

Elenice Tamashiro – Todo processo educacional (de mudança de hábito/comportamento) é crucial para o desenvolvimento do ser humano. Deve ser um processo que traga consciência nas atitudes e que tipos de impactos pode resultar (dependendo da atitude que tomar e sua responsabilidade nisso), que possa gerar reflexões que orientem para possíveis soluções (individuais ou coletivas) de problemas urgentes.

Acho que cada um nós, uma vez que se propõe a participar de qualquer processo educativo e aceita praticar a mudança de um padrão, por exemplo, este não deve ficar no discurso, e sim ajudar a desencadear atitudes coerentes em relação às pessoas que estão ao seu redor; que o aprendizado de um processo educativo possa ser aplicado em vários setores da vida, como usar o aprendizado e transformá-lo/adaptá-lo na profissão, na sua vida pessoal, na relação com o outro.

Cada indivíduo se permite aplicar a criatividade em outros setores a partir de um processo educacional: se bem concebido por quem propõe e bem absorvido por quem o recebe – e de qualquer maneira, acredito que nunca deve ser um processo de mão única, mas um processo educacional pela troca de saberes, de aprendizagem, de colaboração –, acredito que esta é melhor forma de educar.

Universidade do Futebol Você acredita que é possível pensar a formação de jovens jogadores de futebol sem a criação de um programa que gerencie o crescimento pessoal, social e profissional de modo interdisciplinar?

Elenice Tamashiro – Essa é uma opinião muito, muito pessoal, sem um fundamento teórico ou pedagógico. Eu acredito que formação de jovens jogadores que tenham programas de desenvolvimento acoplados (onde podem aprender e compartilhar aprendizados) será a melhor forma de fortalecer cada indivíduo em seu papel ativo de cidadania (consciente dos seus direitos e deveres), para tomar boas decisões em relação a sua vida (pessoal/profissional), de contribuir para o desenvolvimento de sua comunidade de uma maneira mais sustentável e estruturada.

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domingo, 25 de julho de 2010

Fortaleza conquista título cearense e vaga para a Copa do Brasil



Ao manter a vantagem obtida na primeira partida entre ambos, a equipe feminina do tricolor de aço leva para o Pici o cetro máximo cearense

Uma conquista da garra, da determinação e da superação. Talvez seja esta a melhor tradução para o sucesso das leoas do Fortaleza, comandadas pelo técnico Fuscão e sua comissão, liderados pela bravura do coordenador Chagas Ferreira, o grande sustentáculo da conquista tricolor.

A final do Campeonato Cearense de Futebol Feminino foi digna, com a devida proporção, aos grandes eventos esportivos realizados em nosso estado. E foi neste clima que as equipes femininas do Caucaia Esporte Clube e do Fortaleza Esporte Clube se conduziram dentro de campo, levando a disputa até o seu final com elevado espírito esportivo.

O placar não teve movimentação e o resultado de empate sem gols beneficiou a equipe do Fortaleza, que na fase final da disputa conquistou quatro pontos contra um do Caucaia.

Além de se sagrar a equipe campeã cearense da modalidade, o Fortaleza obtém a única vaga do estado na Copa do Brasil, competição organizada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Congratulamo-nos com todas as equipes participantes, e em especial com a equipe do Fortaleza pela brilhante conquista.

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sábado, 17 de julho de 2010

Fortaleza quebra invencibilidade de quase dois anos do Caucaia e fará partida final com a vantagem do empate


Foto: @BeneLimaFrc / Ronaldo Déber

A fase final do Campeonato Cearense de Futebol Feminino chega ao seu final no próximo sábado, 24, com a partida entre Caucaia e Fortaleza no estádio Moraesão, em Maranguape, região metropolitana de Fortaleza.

Na tarde deste sábado, 17, o Fortaleza conseguiu a façanha de interromper uma trajetória de quase dois anos sem nenhuma derrota em terras cearenses do time do vizinho município de Caucaia, o Caucaia Esporte Clube, também conhecido como Jangada Caucaiense, ao vencê-lo pelo placar de 2 a 1, após estar perdendo por 1 a 0 no início do 2º tempo.

Os gols da partida foram assinalados todos no 2º tempo, com Rayssa abrindo o placar aos 12 minutos para o Caucaia, enquanto Rayana aos 19 minutos e Isabel aos 30 minutos assinalaram para o Fortaleza.

No próximo sábado, 24, teremos a grande final da competição, com Caucaia e Fortaleza fazendo novo confronto, desta vez no estádio Moraesão, em Maranguape, às 15h15.

Vitória do Caucaia por qualquer placar lhe dará o título de tricampeão cearense, pois embora fique em condição de igualdade com o Fortaleza nesta fase, a equipe leva da fase classificatória a vantagem obtida por ter tido a melhor campanha. Já ao Fortaleza basta um simples empate para interromper a hegemonia do rival e conquistar a tão sonhada vaga para a Copa do Brasil que se avizinha.
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quinta-feira, 1 de julho de 2010

Lei de Incentivo ao Esporte atinge R$ 820 milhões

REDAÇÃO
Da Máquina do Esporte, São Paulo – SP


lei-de-incentivo-ao-esporte


Por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, similar à Lei Rouanet na área da cultura, o Ministério do Esporte já autorizou aproximadamente R$ 820 milhões para patrocinadores, segundo a colunista da "Folha de S.Paulo", Mônica Bergamo. Desse valor, cerca de R$ 240 milhões foram captados nos últimos três anos.


A premiação, dividida em cinco categorias - "Melhores Amigos do Esporte", "Melhores Amigos do Esporte do Estado”, “Maiores Amigos do Esporte”, “Amigos do Esporte - Pessoa Física” e “Dedicação e Incentivo ao Esporte” -, será entregue pelo ministro do esporte Orlando Silva. Todas empresas, contudo, receberão medalhas pelo benefício fiscal.


Em nota emitida à imprensa, o Ministério garante ter beneficiado diretamente dois milhões de pessoas em 2009, entre atletas, profissionais do esporte e trabalhadores. Vigente desde 2007, a lei permite que pessoas jurídicas e físicas façam doações ou patrocínios desportivos e paradesportivos e recebam desconto no imposto de renda. A lei permite dedução de 1% para empresas e 6% para indivíduos.