sábado, 5 de junho de 2010

“Quem não sonhou em ser uma jogadora de futebol?!”
Há consciência e lucidez de jovens mulheres para discernir que a esfera do trabalho ainda se configura em um território a ser conquistado
Osmar Júnior

A adequação do verso da música da banda Skank ao gênero feminino passa a fazer sentido, ainda que de forma tímida, na sociedade brasileira nos tempos atuais.

Algo que em um passado não tão distante seria impensável, hoje reflete um processo que reposiciona a mulher no universo futebolístico, adentrando os gramados e reivindicando seu espaço, não apenas na esfera do lazer, mas principalmente do trabalho.

Neste passado não tão distante, cabe ressaltar a árdua trajetória de lutas contra obstáculos que compreenderam desde os argumentos infundados calcados nos preceitos da medicina da primeira metade do século XX, que advertia para as ‘deformações’ do corpo feminino e para os riscos de esterilidade provenientes da prática do futebol pela mulher, até os desdobramentos deste discurso, que repercutia na proibição legal da prática do futebol por mulheres, resolução¹ esta que perdurou de 1965 a 1979.

Felizmente, hoje em dia já é mais raro encontrar alguém que acredite que o futebol é prejudicial à saúde da mulher, mas muitas das frentes de batalha da mulher em relação ao futebol ainda se encontram inabaláveis, ou alguém em sã consciência ousaria afirmar que o futebol feminino é uma realidade no Brasil?

Nos dias 21 e 22 de janeiro deste ano, a equipe do Santos realizou uma “peneira” com o intuito de selecionar algumas garotas que poderiam compor seu elenco para a temporada de 2010. O cenário desta peneira reflete de forma contundente as afirmações tecidas anteriormente.

Inscreveram-se para os testes mais de 1.500 meninas com idades entre 14 e 20 anos. De acordo com o site do clube, dos 26 estados brasileiros mais o Distrito Federal, os únicos que ainda não tiveram garotas cadastradas foram: Amazonas, Alagoas, Acre e Amapá. Compareceram efetivamente à peneira 1.128 das inscritas, sendo selecionadas apenas cinco participantes.

Durante os testes, tive a oportunidade de entrevistar 19 das participantes, procurando compreender como estas meninas entendem questões como: o estágio atual do futebol feminino no país, o papel da mídia no desenvolvimento da modalidade e quais as possibilidades e limitações que a mulher encontra hoje no futebol nas esferas do lazer e do trabalho.



Os dados destas entrevistas ainda não foram analisados de forma mais aprofundada, contudo, de uma maneira geral, posso sinalizar que na esfera do lazer, ao menos no ambiente vivenciado pelas entrevistadas, o futebol já se encontra em um estágio bastante avançado. Ou seja, hoje em dia, as meninas já se organizam para jogar futebol de maneira relativamente autônoma, deixando os rachões dos campos e quadras espalhados pelo país, privilégios exclusivos do “sexo forte”.

Em contrapartida, fica claro que as entrevistadas têm a consciência e a lucidez para discernir que a esfera do trabalho ainda se configura em um território a ser conquistado, tendo em vista que a maioria não vislumbra grandes oportunidades de viver exclusivamente do futebol no país.

Este panorama pode ser bem representado pela fala de uma das entrevistadas que afirma que o futebol feminino no Brasil hoje se encontra em um estágio que não pode ser entendido nem como amadorismo nem como profissionalismo. A atleta ilustra tal depoimento, contando que, jogando por uma equipe de Curitiba-PR, viveu a experiência de atuar em campeonatos amadores da cidade e participar da Copa do Brasil enfrentando o Santos F.C com a presença da melhor jogadora do mundo, Marta.

Se para os meninos o sonho de ser um jogador de futebol implica na superação de uma série de obstáculos, para as meninas este sonho parece estar ainda mais distante, afinal de contas não é nada fácil encontrar exemplos de jogadoras bem sucedidas profissionalmente, ou melhor ainda, de clubes que mantenham equipes femininas bem estruturadas como o Santos, que possam alimentar este sonho de sobreviver do futebol.

-----
1 - Deliberação CND 7/65:
N° 1 – Às mulheres se permitirá a prática de desportos na forma, modalidades e condições estabelecidas pelas entidades internacionais de cada desporto, inclusive em competições, observado o disposto na presente deliberação.

N° 2 – Não é permitida a prática de lutas de qualquer natureza, futebol, futebol de salão, futebol de praia, pólo aquático, pólo, rugby, halterofilismo e baseball.

*Osmar Moreira de Souza Júnior é professor do Departamento de Educação Física e Motricidade Humana da UFSCar


segunda-feira, 24 de maio de 2010


O papel social do futebol na articulação da sociedade

civil global: paz


Modalidade carrega responsabilidade social impossível de ser ignorada e pode servir de exemplo para a promoção da paz
Marco Antonio Zamboni Zalamena

Estudos sobre a contribuição do futebol na socialização de pessoas traumatizadas e na promoção da paz emergiram recentemente no âmbito das Relações Internacionais. O ex-secretário geral da ONU, Kofi Annan, refletiu em 2006: “O esporte tem a incrível capacidade em catalisar mudanças positivas no mundo e eu imagino que nada mais possa reunir as pessoas como o futebol. Durante noventa minutos, as pessoas se tornam uma só nação” (FIFA, 2006, p. 29). Entretanto, essa função universalista do futebol deve ser analisada com cautela. Segundo Giulianotti e Robertson (2009), o futebol é geralmente palco para a violência. A Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR) alega que o esporte seja um domínio onde os direitos humanos são frequentemente infringidos.

O potencial do futebol como um meio que garante a paz não pode ser completamente esclarecido, pois “garantir a paz” remete uma conotação política que torna seu estudo científico complexo (SCHWERY, 2003). Ademais, o caráter paternalista pós-colonial de algumas ONGs que atuam no Hemisfério Sul na promoção da paz dificulta o desenvolvimento do capital social das comunidades locais, as quais muitas vezes encontram-se deslocadas dos projetos sugeridos pelas próprias ONGs. Aqui, capital social é entendido quando da obtenção de retorno instrumental (econômico, político ou social) e/ou expressivo (saúde física, mental e satisfação de vida).

Em termos de legitimidade e sucesso dos projetos propostos, as ONGs têm muito mais a ganhar quando estiverem capacitadas em desenvolver práticas de trabalho glocais, demandando comprometimento, envolvimento e autonomia das comunidades locais. Um exemplo que ilustra uma iniciativa de sucesso é o Open Fun Football Schools (OFFS), organizado pela Cross Cultures Project Association, uma ONG dinamarquesa, o qual recebe fundos da Federação norueguesa de futebol, a NFF, e da UEFA. A OFFS, primeiramente estabelecida no ambiente pós-guerra civil na antiga Iugoslávia, reúne crianças oriundas de regiões em conflito para praticar o futebol; técnicos locais são treinados no intuito de promover melhores chances de vida, explicitadas nos retornos instrumentais e expressivos do capital social produzido nos indivíduos. Hoje, a OFFS pratica as suas atividades também no Oriente Médio.

Nesse contexto, as iniciativas de promover a paz através do futebol deveriam, segundo Giulianotti e Robertson (2009), ser introduzidas em locais com longa história de tensões militares e violência extensiva, como o oeste africano. Segundo um estudo pioneiro de Richards (1997) realizado em Serra Leoa, o futebol constitui um raro domínio onde jovens podem socializar e competir sob regras. O autor observou que os times locais introduziram códigos disciplinares para expectadores e jogadores que antes atuavam de forma bruta.

Na Colômbia, o projeto Football For Peace foi estabelecido em 1996 com o intuito de socializar jovens oriundos de regiões violentas e constituiu a base dos estudos do então doutorando Juergen Griesbeck, fundador da organização de lucro social streetfootballworld. Entretanto, estes locais apresentam problemas sócio-econômicos que afetam as iniciativas de utilizar o futebol para a promoção da paz. Primeiro, as ONGs necessitam projetos de longo prazo e ligados diretamente às necessidades locais. Não é raro as ONGs apresentarem estratégias muito centralizadas que acabam em não produzir os efeitos sociais esperados. Segundo, o futebol corre o risco de ter o seu papel comprometido na promoção da paz, ou até o de ser catalisador de efeitos contrários, se os problemas estruturais que acarretam os conflitos não forem solucionados, como o fim da pobreza e a ocupação ilegal de territórios. Terceiro, as contradições sociais afetam as próprias ONGs e organizações comunitárias envolvidas nos níveis institucionais, retratadas na tendência de priorizar as conexões políticas e sociais dos tomadores de decisão em detrimento da conectividade social local. Nesse sentido, as iniciativas para a promoção da paz através do futebol devem, impreterivelmente, focar o nível local.

O futebol, apesar de muitas vezes exibir seu lado violento, já é utilizado como um meio sócio-cultural que produz alguns efeitos positivos na sociedade. A despeito da tarefa difícil em decifrar o que significa “garantir a paz” através do futebol, atitudes sociais ao longo das últimas décadas adicionam, ou descobrem, a outra face do futebol, uma face que visa não praticar a violência e a intolerância.


* Marco Antônio Zamboni Zalamena é Bacharel em Relações Internacionais e acadêmico de Administração Internacional


sábado, 22 de maio de 2010

Exemplo a ser seguido

Do BLOG DA REDAÇÃO do MSM

Por ANA SHEILA

http://midiasemmedia.com.br/redacao/


Na tarde desta terça-feira (20), na Espanha, foi disputada a final da Champions League feminina, entre Lyon (FRA) e Potsdam (ALE).


A partida esteve longe de ser um espetáculo.


Para quem já assistiu as Sereias da Vila e a seleção brasileira, as européias pareciam meras aspirantes.


Ainda sim o futebol feminino europeu é um exemplo a ser seguido. Já que as jogadoras são tratadas como profissionais e os campeonatos são organizados.


O estádio Coliseum Alfonso Pérez, em Getafe, estava cheio, havia diversas placas de publicidade e em ambas os uniformes havia patrocínios.


Quanta diferença para o futebol feminino brasileiro.


Aqui as meninas ficam sem salários, às vezes precisam conciliar o futebol com outra atividade remunerada para sobreviver, treinam em lugares inadequados, não possuem um calendário de competições e dificilmente os clubes contam com patrocínio.


Além de tudo, ainda nos dias de hoje, as jogadoras são vítimas do preconceito.

Uma pena que o futebol feminino só seja interessante para a CBF e para a televisão quando a seleção brasileira está nas Olimpíadas ou no Pan-Americano.


Quando Marta, Cristiane e companhia atuaram pelo Santos imaginava-se uma nova era no futebol feminino, porém pouca evolução se viu.


No último dia 4 de maio, pelo Campeonato Paulista de Futebol Feminino, a equipe do Palmeiras enfrentou o Juventus.


O local do jogo foi motivo de protesto. Segundo a delegação alviverde, a partida foi disputada em um campo de futebol society e sem condições de jogo.


Confira abaixo o protesto da equipe alviverde:


“O Palmeiras jogou nessa tarde de terça feira (4) contra o Juventus, no Clube do Juventus. O jogo foi no campo de associados society, um campo pequeno e sem condições de jogo.


Para que a modalidade fique séria e cresça, é inadmissível a Federação concordar com a realização de uma partida oficial na Sede Social do Clube. O jogo ficou feio e prejudicou as duas equipes, colocando em risco até a integridade das atletas, nem a comissão técnica do Juventus queria jogar nesse campo. Esta na hora de levarem a sério o futebol feminino e não fazer as coisas por fazer. O jogo foi horrível, truncado e as meninas do Verdão não acharam espaço para jogar. Um empate em 2 x 2 onde o futebol feminino é que perdeu”.


Para que a modalidade seja levada mais a sério e nenhum talento seja desperdiçado é necessário que as autoridades competentes descruzem os braços e invistam no Futebol Feminino Brasileiro.


quarta-feira, 19 de maio de 2010

Idéias & ideais




















LCFF vê florescer em Caucaia, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), seus ideais

A Liga Desportiva Caucaiense (LDC), através de sua direção, assume compromisso público de promover a renovação do futebol feminino

O futebol amador do vizinho e aprazível município de Caucaia já fazia por merecer posição de destaque pelo nível de sua organização. Contudo, depois da cerimônia de abertura organizada pela LDC, ocasião em que foi lançado o calendário esportivo do futebol amador daquele município para esta temporada, ficou patente a competência dos que fazem aquela entidade.

Numa noite festiva, em que sobraram homenagens e confraternizações, também estiveram presentes as marcas da organização, da competência e da dedicação ao esporte amador, sobretudo ao futebol.

Contando com as presenças dos titulares das Secretarias de Articulação Política e de Esporte e Juventude de Caucaia, além do Presidente da Federação Cearense de Futebol (FCF), entre outros, a solenidade foi comandada pelo Presidente da Liga Desportiva de Caucaia (LDC), Professor Nogueira, tendo como coadjuvante o senhor Jardel Rocha. A exposição preparada pela dupla foi muito bem cuidada, além de ter sido apresentada com uma objetividade que saltou aos olhos.

O Presidente da FCF, Dr. Mauro Carmélio, fez questão de tornar pública sua admiração pelo trabalho da LDC, chegando a destacar que "esta é a Liga mais organizada do estado do Ceará, e algumas coisas que vi aqui vou ter como modelo para as demais ligas", disse.

Mas o ponto alto de tudo quanto se viu e ouviu - pelo menos para os que fazem o futebol feminino - é que a LDC estará lançando-se na busca do desenvolvimento da modalidade feminina, compromisso que fazemos questão de comemorar, pelo vislumbre que isso possa trazer de positivo para o crescimento da modalidade na Grande Fortaleza. Deste ponto de vista, congratulamo-nos com a direção LDC, colocando-nos à disposição de seus dirigentes para futuras parcerias.

Fotos:
1- Professor Nogueira
2- Mesa com convidados
3- Lista das equipes
4- Dr. Mauro Carmélio


Destaques

Foto: Show de Futebol

2º Campeonato Metropolitano de Futebol Feminino
No início deste mês deu-se a abertura de mais um Campeonato Metropolitano de Futebol Feminino, resultado de uma parceria entre a Liga Cearense de Futebol Amador (LCFA) e a SESPORTE. Está à frente da competição o destacado radialista e presidente da LCFA, Tony Pereira.



Campeonato Cearense de Futebol Feminino 2010
A Federação Cearense de Futebol (FCF) realiza a competição anual que aponta o representante do estado do Ceará na Copa do Brasil, competição esta promovida pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).


quarta-feira, 5 de maio de 2010

O Império Contra-Ataca

Pergunta que vale 1 milhão de reais em barras de ouro: Qual é o país do futebol?

…Sem dúvidas, nós! Africanos e a maioria do mundo afora, exceto nossos hermanos, dirão BRASIL!!

Modéstia a parte somos tão grandiosos e imponentes no nosso império do futebol quanto a Macedônia de Alexandre Magno (Alexandre, o Grande – o imperador e conquistador mais célebre do mundo antigo).

Temos no nosso império muitos “fenômenos” além do mais conhecido. Sob a Grandeza do Rei Pelé, temos o imperador Adriano, um príncipe Kaká, um bobo(no bom sentido) da corte cheio de firulas Robinho…

Contudo…

assim como em toda monarquia, reinos e impérios antigos, o espaço para as mulheres é quase nulo.

Não vejo o futebol do jeito convencional, e do meu ponto de vista, acredito que este esporte ainda é machista. Há quem diga que recentemente o futebol tem aberto mais as portas para o futebol feminino. Mas são portas que nem sequer deviam ter sido fechadas.

Se não fosse nossa recente Marta Vieira da Silva, a Marta, artilheira dos Jogos Pan-Americanos de 2007 pela Seleção Brasileira de Futebol Feminino, não teriamos ainda uma cleópatra para essa dinastia brazuca de futebol.

Apesar de muita reflexão e conversa com algumas pessoas acerca do tema, acredito que a maior fatia do problema não parte dos torcedores e sim da mídia. A amostragem e o valor do futebol feminino não são do interesse das mídias vigentes. São poucos os canais que se dispõe a passar um jogo feminino e tão pouco noticiar sobre os mesmos. Há mulheres que dominam a pelota dentro de campo, mas desconhecemos, e o pouco que conhecemos sabemos pela Tv, ou jornais e revistas de futebol.

Então se a informação ta sendo bloqueada para os fanáticos e fanáticas futebolísticas, como criar paixão sobre? como sentir gosto pelo futebol feminino como o que sentimos pelo masculino?

Talvez, as mulheres tenham de se empenhar em firulas, pedaladas e gracejos ao exemplo de Ronaldinho Gaúcho, Robinho e outros do tipo.. pois essa beleza e poder de brincar com a bola atrai, é bonito de se ver. E se for bonito de se ver, merece ser mostrado.

Comentado por Alan Kubota, Artista Plástico, Publicitário




domingo, 2 de maio de 2010


LCFF é destaque em mais uma Conferência do Esporte, e tem membro de sua diretoria sufragado para representar o estado do Ceará na Conferência Nacional, no Distrito Federal

A 1ª Conferência Municipal teve a participação de cinco membros da direção da Liga Cearense de Futebol Feminino (LCFF), e três foram eleitos para a etapa Estadual, dois como delegados titulares e um como suplente; já na estadual, mais um membro foi eleito delegado titular para a 3ª Conferência Nacional do Esporte

A LCFF escreveu mais um capítulo em sua história, que nem bem se inicia mas já pode ser considerada como produtiva e vitoriosa. Sempre mantendo o foco principal no futebol feminino, no que pese uma ou outra incursão como apoiadora em outros esportes e iniciativas, a Liga Cearense de Futebol Feminino desta vez cumpriu a contento seu papel como participante dos debates.

O próprio Secretário de Esporte e Lazer do Município de Fortaleza, Professor Evaldo Lima, fez questão de mencionar o bom desempenho da Entidade por ocasião das etapas Municipal e Estadual, performance esta que valeu à LCFF representação em todas as etapas e níveis das Conferências. Desse modo, a Entidade teve e terá participação decisiva na elaboração das políticas públicas que se tornarão políticas de estado, através do Plano Decenal que será construído em Brasília, de 3 a 6 de junho próximo.

sábado, 1 de maio de 2010

Destaque

Idealizadores do futebol feminino do Fortaleza prestigiam iniciativas pelo social

A equipe feminina do Fortaleza Esporte Clube tem prestigiado trabalhos sociais em comunidades carentes, segundo podemos apurar.

No ano passado (2009) a equipe realizou uma partida de futebol entre gêneros com os garotos do projeto Esporte na Comunidade do Núcleo Planalto Universo, coordenado pelo o prof. Sergio Ricardo.

A pauta da vez teve o endereço do Programa Segundo Tempo (PST) da Sesporte, realizado em parceria com o Ministério do Esporte. O Núcleo Sítio Manibura realizou uma partida de futebol entre gêneros entre as meninas do Fortaleza contra os meninos do Programa Segundo Tempo, no Campo do Independente.

Primeiro jogaram garotos de 10 a 17 anos do PST contra a equipe feminina do Fortaleza. Neste confronto, os garotos do PST venceram por 1 a 0. Já no segundo jogo o Fortaleza venceu por 3 a 0 as meninas da comunidade da Associação dos Moradores do Jardim das Oliveiras.

A comunidade local prestigiou o evento, que tem como filosofia a implantação do esporte de forma participativa e educacional, além da valorização do aspecto lúdico.

Iniciativas como estas merecem que sobre elas se lance um olhar crítico e reflexivo, identificando os seus aspectos positivos para reproduzi-los. Portanto, não poderíamos deixar passar em branco o registro, bem como congratularmo-nos com os promotores da iniciativa, os senhores Chagas e Fuscão, o primeiro coordenador de futebol feminino do Tricolor de Aço, e o segundo técnico da equipe principal feminina do mesmo Fortaleza.

Esse é o futebol feminino que queremos ver, e pelo qual temos trabalhado para desenvolvê-lo no estado do Ceará.


Inter Ligas chega a seu final com Itaitinga campeã

Ao vencer as donas da casa na final, a equipe de Itaitinga leva pra casa o título do 1º Inter Ligas

O 1º Inter Ligas organizado pela Liga Maranguapense de Futsal, com apoio da Prefeitura de Maranguape e da Fitec e chancela da Liga Cearense de Futebol Feminino (LCFF), teve o sucesso que seus organizadores esperavam.

No último sábado, 24/04, a rodada dupla final teve dois confrontos, pelas disputas de 1º e 3 º colocados.

Em jogo muito disputado, a equipe do Itaitinga derrotou o Maranguape por 3 a 2, conquistando o título da competição.

Já a 3ª colocação ficou com a equipe do Pacatuba.

Vale ressaltar que as quatro equipes participantes da rodada final foram alvo de premiação, tanto em troféus quanto em dinheiro.


quarta-feira, 28 de abril de 2010

III Conferência Estadual do Esporte será realizada nesta sexta-feira (30)

No evento serão escolhidos 50 delegados que representarão o Ceará na Conferência Nacional, em Brasília

A Secretaria do Esporte do Estado (Sesporte) promove nesta sexta-feira (30), a partir das 8 horas, a etapa final da III Conferência Estadual do Esporte, que tem por objetivo elaborar as políticas públicas que serão consolidadas no Plano Decenal do Esporte e Lazer, estabelecendo linhas estratégicas, ações, metas e prazos para o esporte e lazer no país nos próximos 10 anos. Na ocasião, serão aprovadas as propostas elaboradas durante as conferências regionais. Haverá também a eleição dos 50 delegados que representarão o Estado na III Conferência Nacional do Esporte, que acontecerá de 3 a 6 de junho, em Brasília.

A conferência estadual reunirá cerca de 560 delegados das diversas regiões, entre representantes de associações e federações esportivas cearenses, gestores municipais, atletas, professores e coordenadores de instituições de ensino superior ligadas ao esporte.

Durante o mês de abril, a etapa estadual contou com conferências locais divididas em seis macrorregiões - Litoral Oeste/ Maciço de Baturité; Região Norte/Ibiapaba; Cariri/Centro Sul; Região Central; Litoral Leste/Região Metropolitana e Sertão dos Inhamuns. Para o secretário do Esporte do Estado, Ferruccio Feitosa as conferências regionais “multiplicaram as possibilidades de articulação entre as esferas de governo e os diversos segmentos sociais e, ao mesmo tempo, possibilitaram o engajamento e a participação da população na construção de uma política estadual e nacional do esporte”, afirmou.

Etapa Nacional

Com o tema “Plano Decenal do Esporte – 10 pontos em 10 anos para projetar o Brasil entre os 10 mais”, a Conferência Nacional do Esporte tem se constituído num espaço de mobilização de diversos segmentos do esporte, proporcionando o diálogo da sociedade civil com o Estado para a proposição e controle de políticas sociais no esporte. A conferência aponta para a concretização do esporte e lazer nas agendas das políticas públicas estruturadoras. O evento ainda aprovará os subsídios para construção do Plano Decenal do Esporte e dará consistência à Política Nacional do Esporte, reafirmando princípios e diretrizes já aprovadas nas conferências anteriores. Serão estabelecidas linhas estratégicas, suas ações, metas e prazos para consolidar o Esporte como política de Estado nos próximos 10 anos.

Linhas Estratégicas

1. Sistema Nacional de Esporte e Lazer
2. Formação e Valorização Profissional
3. Esporte, Lazer e Educação
4. Esporte, Saúde e Qualidade de vida
5. Ciência, Tecnologia e Inovação
6. Esporte de Alto Rendimento
7. Futebol
8. Financiamento do Esporte
9. Infraestrutura esportiva
10. Esporte e Economia

Programação

8h – Credenciamento e entrega de material
8h30 – Cerimônia de Abertura
9h10 – Palestra de abertura
10 às 14h30 – Trabalhos Temáticos em Grupo
14h30 – Plenária final nos grupos: Socialização das propostas dos grupos, apresentação das emendas, aprovação das propostas que irão para o plano de metas e eleição dos delegados
17h – Solenidade de Encerramento

Serviço:

III Conferência Estadual do Esporte
Data: 30 de abril (sexta-feira)
Local: Faculdade 7 de Setembro (Rua Almirante Maximiniano da Fonseca, 1395 – Luciano Cavalcante)
Início: 8 horas

Informações à imprensa:

Lisiane Linhares e Edna Santos
Assessoria de Comunicação da Secretaria do Esporte do Estado do Ceará
(85) 3101.4415


segunda-feira, 19 de abril de 2010

Se ligue nessa discussão

CLIQUE SOBRE A FIGURA PARA AMPLIÁ-LA


quarta-feira, 14 de abril de 2010


1ª Conferência Municipal do Esporte contou com a participação da LCFF, que garantiu o mais participativo nível de labor e envolvimento

Foram quinze horas de debates e discussões versando sobre dez eixos temáticos

A Liga Cearense de Futebol Feminino (LCFF) mais uma vez firmou seu compromisso em favor não só do futebol feminino, mas do esporte como um todo. Isto se deu através da participação maciça de seus componentes na I Conferência Municipal do Esporte, que representou a fase local da III Conferência Nacional do Esporte que acontecerá de 3 a 6 de junho do corrente, no Distrito Federal.

O evento é uma espécie de mini constituinte do esporte, pela importância de que se reveste e pelas diretrizes com força de lei que dela emanam. Em razão disto, a presença dos diferentes segmentos da população conferem ao encontro um caráter dos mais democráticos e participativos, desse modo legitimando as decisões decorrentes do amplo debate que permeou o acontecimento.

Vale ressaltar que a LCFF conseguiu ocupar três assentos para a etapa seguinte, quando o âmbito passa do municipal para o estadual, já que teve o mérito de eleger três Delegados de sua representação, sendo dois deles na condição de titular e um na condição de suplente. Ademais, foi notória a destacada participação da representação da LCFF, contribuindo assim para a valorização de todas as proposições constantes da totalidade dos eixos temáticos sobre os quais se ergueram estratégias, ações e metas.

Para que se tenha uma idéia da amplitude e do nível dos debates, cerca de 350 (trezentas e cinqüenta) proposições foram analisadas, dentre as 400 (quatrocentas) possíveis. Foram registradas mais de 200 (duzentas) intervenções, entre substituições, supressões e inclusões. Tudo isto como uma prévia para o que acontecerá em Brasília, no encontro nacional, que definirá o Plano Decenal de Esporte e Lazer, que tem os seguintes Princípios:

> Universalização, inclusão social e desenvolvimento humano pelo esporte;
> Democratização da gestão e da participação social;
> Esporte como desenvolvimento econômico e nacional e
> Elevação do nível cultural esportivo da população.

*__ *__ *


Evento reuniu gestores públicos e representantes da sociedade civil

População participa da I Conferência Municipal do Esporte


Evento reuniu gestores públicos e representantes da sociedade civil

Entre os dias 09 e 10 de abril, a população de Fortaleza debateu o futuro das Políticas Públicas de Esporte e Lazer, durante a realização da I Conferência Municipal do Esporte.

Iniciativa da Prefeitura de Fortaleza, juntamente com a Secretaria de Esporte e Lazer (Secel), a Conferência reuniu centenas de gestores públicos e atores sociais no Complexo de Cidadania João Marçal de Mesquita, na Barra do Ceará.

Na abertura do evento, no dia 09 de abril, o titular da Secel, Evaldo Lima, falou da importância de planejar as políticas de esporte para a próxima década, tendo em vista os desafios do Brasil na realização da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, em 2016.

Representando o Ministério do Esporte, o coordenador de mobilização da III Conferência Nacional do Esporte (Região Nordeste), Ossi Ferreira Lima, destacou o caráter democrático das conferências, que fomentam debates nos municípios brasileiros antes de definir metas nacionais para o segmento.

No sábado, 10 de abril, ocorreram os debates sobre as linhas temáticas definidas pela Conferência Nacional. Cada eixo temático definiu 10 linhas de ação gerais e até quatro metas com sugestões de iniciativas para atingir os objetivos determinados.

Após a construção do plano de ações e metas para o Brasil e para Fortaleza, ocorreu a eleição de 90 delegados que irão representar o município na III Conferência Estadual.

A etapa municipal faz parte da III Conferência Nacional do Esporte (CNE), que vai ocorrer em Brasília, entre os dias 03 e 06 de junho.

Prefeitura de Fortaleza / Secretaria de Esporte e Lazer / SECEL

domingo, 4 de abril de 2010

Meninas da seleção farão

amistoso no Recife

Meninas do Recife, atenção! Está programado para o dia 11 de abril, um amistoso da seleção brasileira de futebol feminino que vai rolar aí, na terra do frevo! Olha só que maravilha! A equipe adversária ainda não está definida, mas a Secretaria de Esportes do Estado de Pernambuco, está em contato com a AFA – Associação de Futebol Argentina, para tentar trazer a seleção de “hermanas”.

Siga o Futebol para Meninas no Twitter: @futebolmeninas

O amistoso é parte das comemorações pelo centenário do Dia Internacional da Mulher e tem também a intenção de valorizar a participação feminina no esporte. Para nós, do FPM, a iniciativa é, não só válida, como comemorada. O que não pode, é acontecer apenas em datas comemorativas.

Meninas da seleção principal estarão no Recife para amistoso

Meninas da seleção principal estarão no Recife para amistoso

O FPM entrou em contato com o administrador das seleções na CBF, o senhor Paulo Dutra, e ele nos confirmou a participação da seleção, dependendo, entretanto, da confirmação do evento por parte da Secretaria de Esportes do estado. Falamos também com a assessria daquela secretaria através de Álvaro Filho, e ele nos informou que a data será confirmada assim que a AFA der o retorno sobre a participação da seleção argentina.

De qualquer modo, continuaremos buscando informações concretas sobre a realização deste jogo e tão logo seja confirmado o adversário das meninas do Brasil, o FPM deixará os leitores atualizados.

Fonte: Futebol para meninas