sexta-feira, 31 de outubro de 2008

II Copa do Brasil FF

FUTEBOL FEMININO
Caucaia pronto para estréia na Copa do Brasil

Depois de um início de semana tenso, a delegação seguiu para a capital piauiense onde fará sua estréia em competição nacional

Após duas seções de palestras em que participaram de um lado o comando do clube e a comissão técnica, e de outro as atletas da “Jangada Caucaiense”, seguiu-se o treino de apronto em que o técnico Jardel Rocha buscou burilar o planejamento tático de sua equipe.

Nas conversas entre comissão técnica e o grupo de atletas, enfatizou-se a importância da competição (Copa do Brasil), bem como se fez notória a vantagem – mesmo que pequena – que o ranking nacional das federações concede ao Caucaia Esporte Clube. Pois, só ao time caucaiense é dada a oportunidade de passar para a próxima fase em um único jogo. Sabe-se que a tarefa não é nada fácil, já que para isso o representante do Estado do Ceará terá que obter uma vantagem igual ou superior a três gols.

Para que o objetivo imediato do Caucaia seja alcançado, a idéia que o treinador Jardel Rocha tentou incutir na cabeça de suas comandadas, é a da mais completa concentração na partida de ida, pois dela dependerá o que terá que ser feito no jogo de volta.

Treinamento de apronto

Um coletivo longo, mas intervalado, com atenção redobrada na didática das tramas, permitiu ao técnico Jardel o ensaio de algumas jogadas.

Da prática estiveram ausentes a atacante Carla, a volante Samara e a meia Help, e em razão disto algumas das jogadas pensadas pelo treinador tiveram que ser guardadas somente para a partida contra o representante piauiense, o time do Tiradentes.

A recém-contratada Fabíola ocupou a vaga da lateral Vevé que foi deslocada para a meia. Na zaga, Rocha experimentou, a partir da metade do treinamento, Sâmia, outra contratação, em lugar de Silvelina.

O técnico do Caucaia mostrou-se satisfeito com o desempenho do time, e deixou as dependências do Estádio Raimundo de Oliveira, local do treinamento, confiante em uma boa apresentação de sua equipe contra o Tigrão, como é conhecido o adversário das meninas do Caucaia.

Baixas

De última hora, o técnico Jardel Rocha teve a notícia de que não podia contar com duas das atletas relacionadas para a viagem: a atacante Carla, e a zagueira Silvelina. Como não havia tempo suficiente para a convocação de substitutas, a delegação deixou Caucaia na manhã de hoje, 31, com apenas 16 jogadoras.

A Delegação

Goleiras: Dani e Janete;
Zagueiras: Fabíola, Vevé, Thesca, Sâmia e Netinha;
Meio-campistas: Samara, Tati, Yolanda, Érika, Maria, Help e Rosiane;
Atacantes: Lula, Vivi.

Integram ainda a delegação:

Técnico: Jardel Rocha
Preparador Físico: Roberto Farias
Preparador de goleiro: Tiago Lima
Massagista: Antônio Sérgio (Pacato)
Mordomos: Zuza e Fagner (Negueti)
Chefe da delegação: Eudes Caucaia (Presidente)

A partida será realizada sábado, 01/11/08, às 16 horas, no Estádio Lindolfo Monteiro, em Teresina/PI.


Fonte: http://www.artilheiro.com.br
http://www.caucaiaec.com.br

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quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Notícias nacionais interessantes

Cresspom treina para a II Copa Brasil

Por Denise Veríssimo
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A equipe de futebol feminino do Clube Recreativo e Esportivo dos Sub-Tenentes e Sargentos da Polícia Militar do DF - CRESSPOM, treinou ontem (29) no estádio Mané Garrincha, visando a estréia no próximo sábado (01), ás 10:00, contra a Aliança (GO), em partida válida pela primeira fase da II Copa do Brasil de Futebol Feminino, competição organizada pela Confederação Brasileira de Futebol. A competição terá início no dia 01 de novembro com a partida entre São Raimundo e Nilton Dias em Roraima.
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O técnico Dilmar conta com um elenco de 31 jogadoras, entre novatas e veteranas. " Temos várias opções e estou observando quais jogadoras se adaptarão melhor ao esquema tático e as variações. Vou definir o grupo na quinta-feira (30), quando será dado o último treino antes da partida." disse Dilmar.
A base da equipe atual é o time de futsal ASCESA, da cidade de Brazilândia, que treina junto há mais de nove anos. A outra parte da equipe são jogadoras que já vestiram a camisa do Crespsom e jogaram a Copa do Brasil no ano passado. A equipe é a Bi-Campeã do Campeonato Brasiliense de 2008, promovido pela Federação Brasiliense de Futebol (FBF).

" A Federação está arcando com todas as despesas relativas aos jogos em Brasília, e apoiando a equipe do Cresspom, inclusive cedendo as instalações do Mané Garrincha para os treinos e jogos." disse Paulinho Araújo, Vice-Presidente da Federação que estava assistindo o treinamento da equipe.
Após a partida de sábado, a equipe viajará para Goiânia onde disputará a partida de volta, na quarta-feira (5), ás 17h, contra a equipe do Aliança, no estádio Antônio Aciolly.


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Notícias nacionais interessantes

Rebeca Gusmão é a atração do futebol feminino de Brasília

Por Denise Veríssimo
www.futebolfeminino.blog.br

A nadadora Rebeca Gusmão arrumou um jeito de passar o tempo enquanto aguarda a decisão do recurso impetrado na Corte Arbitral do Esporte (CAS) sobre a decisão da FINA de bani-la do esporte. A atleta é a mais nova aquisição da ASCOOP para disputar a Liga Nacional de Futebol Feminino com início previsto para o dia 04 de dezembro. Além do futebol de campo, Rebeca também participa do campeonato universitário de futsal pela UniCEUB.
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Com 17kg acima do peso ideal (80Kg), se recuperando de fratura na tíbia, Rebeca está sendo recuperada pelo preparador físico, Pablo Rizza, que promete colocar a atleta em forma em 20 dias. "É mais fácil recuperar uma atleta de alto rendimento do que uma pessoa sedentária", disse Rizza ao Correio Braziliense.
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A jogadora foi carinhosamente apelidada pelas novas companheiras de "Imperadora", em alusão ao jogador Adriano do Inter de Milão.
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Rebeca informou em estrevista ao blog que vai se inpirar nas jogadoras da seleção brasileira de futebol para pautar suas atuações em campo. Disse ainda que vai tentar conciliar os treinamentos de natação, sua eterna paixão, com o futebol.
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Em sua primeira participação no coletivo comandado pela técnica Mara, a atleta posicionou-se no ataque e quase marca de cabeça o primeiro gol da nova carreira.
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"Tenho muito a aprender com as meninas, apesar do assédio da mídia, aqui eu sou a novata. Aliás esse assédio da imprensa é bom para o futebol feminino, ajuda a divulgar." disse Rebeca.
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A Ascoop participará pela segunda vez do campeonato oraganizado pela Liga Nacional de Futebol (LINAF) que anuncia o início para o dia 14/12 a 19/12. Espera-se a participação de 32 equipes divididas em oito grupos de quatro, que disputarão em turno único de três partidas, classificando-se as duas primeiras colocadas de cada grupo, que irão cruzando sucessivamente até que se apure a campeã. A competição ocorrerá no Circuito Paulista das Águas (Jaguariúna, Lindóia, Águas de Lindóia e Itapira).
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Além da premiação de troféus e medalhas, a equipe campeã receberá de prêmio R$7.000,00 e a vice R$3.000,00. As três melhores colocadas da competição serão credenciadas para requererem junto ao Ministério dos Esportes a Bolsa Atleta para suas atletas.
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A LINAF custeará a alimentação, hospedagem e arbitragem para a delegação de cada equipe, além de ofertar camisas e cinco bolas oficiais do evento e seguro de vida aos participantes.
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A equipe candanga viajará no dia 03 de dezembro, e apesar da ajuda de custo ofertada pela LINAF, de R$4.000,00 para a viagem, a associação elaborou uma ação entre amigos para arcar com as demais despesas da delegação.
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Quem quiser patrocinar a equipe pode entrar em contato com o Dirigente Arnaldo Freire, pelos telefones: (61) 8481-0574/9649-4069/8448-4978.

Os treinos do Ascoop são as 2ª, 4ª e 6ª das 18:00 ás 20:30, local: Colégio COC 604 Sul - 3ª e 5ª das 18:00 ás 20:30, sábados das 9:00 ás 11:30 no Parque da Cidade.


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segunda-feira, 27 de outubro de 2008

O futebol que recupera a vida

‘Arte de Amar’ é mais que um time: é um projeto de amor à vida e ao próximo

A Organização Não Governamental (ONG) “Arte de Amar” é a executora de um belo projeto, que tem por um de seus objetivos o resgate de mulheres lésbicas e bissexuais, para o ambiente familiar. Como se vê, trata-se de um projeto de amplo alcance social, digno do mais completo acolhimento por parte da população.

Como uma das células do projeto “Arte de Amar”, eis que surge o futebol feminino como uma espécie de psicodinâmica para tentar amenizar um psicodrama. Desse modo, cumpre-se o objetivo subjacente do projeto, que não é outro senão o de desenvolver uma ação preventiva contra o envolvimento das pessoas acolhidas com as chamadas ‘felicidades artificiais’ das drogas, e também com a delinqüência, ao tempo em que promove a re-socialização daquelas que de alguma maneira foram atingidas.

Mas o projeto também alcança a sondagem vocacional de maneira mais incisiva, ao estabelecer convênios como o que ora vige com a Secretaria de Saúde, através da criação de um grupo de teatro que tem vivenciado a peça cujo tema é: “A Prevenção de Doenças Transmissíveis”.

Conversamos com o Diretor Administrativo do Projeto, George Sosa, que ao lado da Coordenadora Geral, Nilza Farias, estiveram presentes ao estádio Lacerdão, em Messejana, prestigiando o time do Arte de Amar, o ‘filho pródigo’ de ambos.


(Foto: Acima, George Sosa e Nilza Farias, administrador e coordenadora do projeto;
abaixo, equipe do Arte de Amar).



Texto e fotografias: Benê Lima

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Itaitinga tem um ‘dono da bola’

Marquinhos ‘bate o escanteio e corre pra cabecear’

Itaitinga se não é, será, proximamente, Itaitinga Esporte Clube. É com esse ar de otimismo e com visão de futuro que Marquinhos (foto) enxerga sua equipe, não dando a mínima para as limitações
típicas de quem se locomove através de cadeira de rodas.

Como uma figura que ao se relacionar esbanja afeto e paixão pelo que faz, Marquinhos também se move pelo mais autêntico idealismo, tanto que demonstra indisfarçável orgulho ao se dizer adepto do voluntariado. Isso mesmo!

O Projeto “Bom de Bola, Bom na Escola” é uma das ‘meninas dos olhos’ de Marquinhos, que faz questão de ressaltar o apoio da Prefeitura de Itaitinga. “Esse apoio consiste no fornecimento do material esportivo, como uniformes, bolas, redes”, assegura-nos o ‘faz tudo’ do Itaitinga.

Marquinhos é veterano no trabalho na área esportiva, com raízes no futsal masculino e feminino, mas agora está umbilicalmente ligado ao futebol de campo feminino, de onde fez ‘brotar’ o seu Itaitinga (foto), que debuta em competição de caráter intermunicipal, como é a Copa Cidade de Fortaleza, promovida e organizada pela Liga Cearense de Futebol Feminino (LCFF).

Vinte e cinco quilômetros é a distância que separa os municípios de Fortaleza e Itaitinga. Mas, para Marquinhos, parece não haver distância entre sonho e realidade.

Ele quer seu Itaitinga participando do próximo campeonato cearense feminino a qualquer custo. Perguntado sobre as condições do estádio daquela localidade, não se fez de rogado: “O estádio lá só está murado; não tem arquibancada, não tem iluminação. Eu teria que solicitar o estádio do ABC (time de Itaitinga); nesse tem vestiário e dá pra ter jogo durante o dia”, declara entre seguro e otimista o incansável ‘guru’ do futebol feminino itaitinguense.

Mais sobre o município de Itaitinga

Siga pela BR-116 como se fora com destino a Horizonte, e bem antes você estará nas agradáveis terras de Itaitinga. O município tem pouco mais de década e meia de emancipação, mas não abre mão de ter vida própria, vocação que vem exercitando ao longo dos anos de sua autogestão. Para saber mais sobre a cidade, acesse http://www.itaitinga.ce.gov.br.



Texto e fotografias: Benê Lima

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Copa Cidade de Fortaleza


Caucaia e Arte de Amar vencem seus jogos

O União Messejana não deteve a escalada do Caucaia, enquanto o Arte de Amar aprontou pra cima do Itaitinga.

Em mais uma rodada dupla realizada no Estádio Lacerdão, em Messejana, prosseguiu a primeira edição da Copa Cidade de Fortaleza de futebol feminino, competição promovida e organizada pela LCFF.

Na partida inicial, o Caucaia Esporte Clube venceu o União Messejana pelo placar de 3 a 0, assumindo a liderança do seu grupo com nove pontos ganhos em três jogos realizados.

No segundo jogo, foi a vez do Arte de Amar fazer 6 a 0 no Itaitinga. Com esse resultado, o Arte de Amar espera passar pelo Cruz Azul no próximo sábado, para garantir uma das vagas à próxima fase da competição.

No próximo sábado, 01/11, teremos no Campo do Tigrão a rodada final da primeira fase da competição, com os seguintes jogos:

Às 15 horas:
Fortaleza x Itaitinga

Às 17 horas:
Arte de Amar x Cruz Azul


Foto: atleta do Arte de Amar em busca do gol

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sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Exemplo de trabalho em prol do FF


Um Trabalho à Longo Prazo

Há dois anos o Professor Chagas Ferreira, coordenador de esportes da EMLURB (Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização) em Fortaleza, implantou a escolinha de futebol feminino no Projeto de Esportes na Empresa que existe desde 21 de junho de 2003. Em janeiro deste ano (2008), fez uma parceria com o Esporte Clube Juventus, equipe amadora para disputar o Campeonato Cearense de Futebol Feminino de 2008, onde ficou em 4º lugar geral.

O trabalho rendeu uma parceria com o Fortaleza Esporte Clube, que garante suporte de material e passagens para as atletas. A comissão técnica é formada por:

Fuscão (treinador); Rafael (preparador físico); Paulo César (treinador de goleiros) e Chagas Ferreira (coordenador técnico).

Atletas: Sílvia, Xaxau, Rochélia, Juliana, Fabíola, Netinha, Sheila, Nayara, Paula Grande, Ana Flávia, Edilene, Isabela, Marcela, Marta, Paula Pequena, Sâmia, Maiara, Carliane e Giziane.

A Equipe do FEC lidera o Grupo A da I Taça Fortaleza de Futebol Feminino, com 2 jogos, 2 vitórias, 13 gols pró, zero gol sofrido, 6 pontos ganhos e 0 ponto perdido.



Fonte:
Fco. Chagas F. de Sousa
Vice-presidente da LCFF

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

CBF Divulga Tabela da CB/FF - 1ª Fase


II Copa do Brasil de Futebol Feminino terá 32 clubes, de todos os estados. Atlético/MG, Corinthians, Santos e Sport/PE participarãoCompetição começa no dia 1 de novembro. Veja tabela
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A II Copa do Brasil de Futebol Feminino, em sua edição 2008, terá a primeira rodada nos dias 1 e 2 de novembro e participação de 32 clubes, representantes de todos os estados do país, entre eles Atlético Mineiro, Corinthians, Santos e Sport Recife.
A Copa do Brasil de Futebol Feminino 2008 começa no dia 1 de novembro (sábado), com 15 jogos, e prossegue no dia 2 de novembro (domingo), com o jogo Iguaçu/MG x Corinthians, no Ipatingão.
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Os clubes representantes dos estados do Rio Grande do Norte e Paraíba não estão definidos e, por isso, identificados na tabela como RN 1 e PB 1.
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A tabela completa e o regulamento da Copa do Brasil serão divulgados no dia 24 de outubro (sexta-feira).
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Fonte: CBF NEWS

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domingo, 19 de outubro de 2008

Clássico paulista no futebol feminino


Futebol Feminino/Campeonato Paulista - (19/10/08)
Santos procura manter invencibilidade contra Saad

Santos (SP) - O Santos volta aos gramados pelo Campeonato Paulista Feminino neste domingo contra o Saad e tenta manter a invencibilidade no torneio. Na primeira colocação do Grupo 4 com 10 pontos, o técnico Kleiton Lima espera uma partida difícil.

“Conhecemos o potencial do Saad e sabemos que é uma equipe forte, com muita experiência”, comentou o treinador. O Santos, se vencer, pode ser a primeira equipe do torneio a garantir a classificação antecipada para a próxima fase.

Com relação à equipe que irá a campo neste domingo, Kleiton Lima declarou ter algumas dificuldades. Além da atacante Ketlen, que atualmente treina com a seleção brasileira sub-17, outras duas titulares estarão indisponíveis para esta partida. “A lateral Joice está suspensa por ter tomado o terceiro cartão amarelo e a Érika ainda está sendo avaliada pelo departamento médico”, afirmou.

Santos e Saad se enfrentam neste domingo às 16 horas (de Brasília) no estádio Leonardo Barbieri, em Águas de Lindóia.


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Futebol Feminino/Copa do Brasil

Competição premia melhores equipes com benefício do Bolsa-Atleta
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Gazeta Press

Rio de Janeiro (RJ) - A segunda edição da Copa do Brasil de futebol feminino, anunciada essa semana pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), contará com um atrativo a mais para as jogadoras: As atletas das três melhores equipes da competição poderão pleitear o Bolsa-Atleta no ano de 2009.

Atualmente, 51 esportistas da modalidade recebem o benefício do programa, cujo objetivo é oferecer uma manutenção pessoal a atletas sem patrocínio. Para o Ministro do Esporte Orlando Silva, a novidade que aparece com a realização do evento pelo segundo ano consecutivo é muito importante para o crescimento do futebol feminino. “Com essa liga, poderemos revelar novas jogadoras e oferecer oportunidade para que elas continuem jogando no nosso país”.

Atual campeão da Copa do Brasil, o SAAD Esporte Clube também comemorou a iniciativa, por meio das declarações de seu presidente, Romeu de Castro. “. 'No caso do nosso clube, nós não sobreviveríamos se não fosse a ajuda do ministério para as nossas meninas”.

Meio-campista que coleciona passagens pela seleção brasileira, Maycon é uma das atletas contempladas pelo Bolsa-Atleta e garante que o benefício funcionou como um estímulo para que ela continuasse a treinar e a praticar o esporte. A criação do programa foi um milagre. Quase desisti de ser jogadora de futebol”.

Competição que conta com a participação de 32 equipes, oriundas dos 27 estados brasileiros, a Copa do Brasil tem início previsto para o dia 1º de novembro e terá um formato diferente na comparação com o ano passado já que será realizada em duas etapas – a primeira em sistema de eliminatórias e a segunda com oito clubes divididos em duas chaves.


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quarta-feira, 15 de outubro de 2008

21 equipes já inscritas para a CB-2008


CBF anuncia II Copa do Brasil de Futebol Feminino

Gazeta Press
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São Paulo (SP) - A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou nesta segunda-feira que irá organizar a II Copa do Brasil de Futebol Feminino. A competição, que contará com 32 equipes de 27 estados brasileiros mas até o momento só 21 clubes confirmaram presença, tem início previsto para o dia 1 de novembro.
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A entidade só divulgará o regulamento e a tabela do campeonato no próximo dia 20. No entanto, a fórmula de disputa será a mesma da competição do ano passado, quando o Mato Grosso do Sul/SAAD sagrou-se campeão e o Botucatu ficou em segundo lugar.
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Ao todo serão duas etapas. Na primeira, será eliminatória e haverá um sorteio para os clubes se enfrentarem no sistema mata-mata com partidas de ida e volta. Depois, oito equipes classificadas vão para a segunda fase, quando muda o estilo de disputa.
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As oito equipes serão divididas em duas chaves de quatro, com todas se enfrentando nos seus respectivos grupos, com um total de três jogos para cada clube. Passada esta fase, classificam-se dois times de cada tabela para as semifinais, para então, os vencedores disputarem a final do torneio.
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Confira as 21 equipes já inscritas para participar da copa
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Acre: Assermud
Amazonas: A.A. Nilton Lins
Bahia: São Francisco
Ceará: Caucaia
Distrito Federal: Cresspom
Espírito Santo: Desportiva
Goiás: Aliança
Maranhão: Boa Vontade
Minas Gerais: Iguassu e Atlético/MG
M. Grosso do Sul: Moreninhas
Pará: Sacramenta
Pernambuco: Sport Recife
Paraná: Novo Mundo
Santa Catarina: Kindermann
Rio de Janeiro: Campo Grande
Rio Grande do Sul: Juventude
São Paulo: Santos, Corinthians e SAAD
Tocantins: Atenas
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terça-feira, 14 de outubro de 2008

II Copa do Brasil confirmada


Sem apoio, CBF anuncia II Copa feminina

REDAÇÃO Da Máquina do Esporte, em São Paulo

A indefinição sobre possíveis patrocinadores adiou o anúncio da II Copa do Brasil feminina de futebol, em vão. Dois meses depois da data prevista para o início dos jogos, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) confirmou que a competição acontecerá novamente em 2008, mas reiterou que ainda procura patrocinadores que banquem o torneio.
O anúncio foi feito em nota no site oficial da entidade, que faz um pedido explícito para que a mídia cubra com intensidade o evento, para que isso atraia empresas para a modalidade. O texto ainda fala que o futebol feminino passou a despertar grande interesse, e, por isso, a CBF conta com o apoio da imprensa.

Com projeto de 32 equipes dos 27 estados brasileiros, a competição deve começar no dia 1º de novembro, mas só tem 21 times confirmados até o momento. O formato da disputa repete o da edição inicial, com uma fase regional e outra em uma única sede, que ainda não foi decidida.

A demora na definição da II Copa do Brasil, que quase não aconteceu, passa pelo presidente Ricardo Teixeira. Desde, pelo menos, meados de setembro, o mandatário da entidade avalia a possibilidade de realizar, ou não, o evento.

A preocupação com a ausência de patrocínios não é uma novidade na CBF. Em 7 de setembro, entrevista exclusiva à Máquina do Esporte, Virgílio Elísio, diretor técnico da entidade, já falava sobre o futuro do futebol feminino com preocupação.

"A primeira edição [da Copa do Brasil] foi toda bancada pela CBF, e ela não está disposta a arcar para sempre com os custos. Precisamos de uma resposta melhor do mercado. Todo mundo fala que quer ajudar, mas quando você vai procurar, cadê os anunciantes?", disse o dirigente.
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sexta-feira, 3 de outubro de 2008

MAIS OPORTUNIDADES


Ministério amplia plano de Bolsa-Atleta

REDAÇÃO Da Máquina do Esporte, em São Paulo


No meio de uma cerimônia oficial de homenagem a atletas vitoriosos nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Pequim, o ministro Orlando Silva Jr. anunciou a ampliação do programa Bolsa-Atleta. O momento propício, de exaltação dos resultados brasileiros e concentração da imprensa, marcou a divulgação de que o benefício, que agora custará R$ 42 milhões aos cofres do Governo Federal e incluirá todos os esportistas aptos.

A mudança elimina um dos maiores problemas da ação, que desde 2005, quando foi criada, tinha de optar por um número determinado de esportistas para o programa, excluindo, por consequência, outros nomes.

O processo de "escolha" já produziu algumas aberrações no programa. No ano passado, por exemplo, a já aposentada Janeth Arcain, campeã mundial com a seleção feminina de basquete, chegou a ser incluída na primeira listagem do Bolsa-Atleta, divulgada em outubro.

O novo montante representa um aumento de 38,09% em relação ao valor pago pelo Governo no último ano (R$ 26 milhões). No primeiro ano da ação, o Ministério do Esporte destinou R$ 6 milhões para o Bolsa-Atleta, e R$ 13 milhões em 2006.

Destinado quem não possui patrocínio pessoal e exerce atividade esportiva comprovada, o programa Bolsa-Atleta é dividido em quatro categorias distintas. Na estudantil, a mensalidade é de R$ 300, a menor em comparação com a nacional (R$ 750), internacional (R$ 1,5 mil) e a olímpica e a paraolímpica (ambas com R$ 2,5 mil). As duas últimas são as únicas válidas por quatro anos, enquanto as demais devem ser renovadas ano a ano.


Revisão: Benê Lima
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quinta-feira, 2 de outubro de 2008

A próxima etapa é a profissionalização


O futebol feminino: uma história de luta pelo reconhecimento social

Centro Universitário Positivo - UnicenP.(Brasil)
Prof. Orien. Dtdo. André Mendes Capraro Alex Sandro Chaves

Introdução

O início da prática do futebol feminino no Brasil começou com muitas dificuldades, porém algumas permanecem até os dias atuais. As mulheres sempre tiveram dificuldades em se impor quando o assunto trata de igualdade entre os gêneros, pois historicamente foram vistas como um ser frágil e dependente, com poucas oportunidades para provar o contrário.

Sabe-se que as condições em que nos deparamos hoje, são frutos de muitos conflitos e mudanças que agregadas resultaram na questão da atual. E é exatamente isso que trataremos a seguir. A conquista de um espaço coloca a mulher em quase todos os esportes em igualdade, apenas respeitando as diferenças que existem entre os gêneros. Porém, por que no futebol é diferente?

O início do futebol feminino

Apesar da influência significativa que o futebol tem na cultura brasileira, a figura da mulher se apresenta de forma tímida e oprimida, como comprova o Decreto-Lei 3.199 de 1941, vigente até 1975, que para as mulheres proibia a prática de futebol. Quando as mulheres resolveram "brigar" por igualdade e se agregarem ao futebol, este esporte já estava bem firmado pela sociedade machista e se encontrava em uma fase que o profissionalismo já havia sido aceito. Portanto, o futebol era visto como um esporte determinantemente masculino, "futebol é coisa para homem", devido à postura que os atletas deveriam assumir:

...o bom jogador de futebol jamais deve temer o adversário fisicamente, deve exercer seu "direito" de retaliação quando agredido fisicamente; não deve fraquejar diante de uma derrota (...), deve se fazer respeitar - ainda que pela presença física - pelo juiz. A violência é legitimada pela torcida, especialmente quando há iminência de gol, quando os adversários tentam levar a equipe por quem ela torce ao ridículo, pela secessão de dribles ( dando "olés"), quando tentam fazer "passar o tempo" ("cera") e quando há uma falta - ou sucessão de faltas - violenta, o que geraria o direito do atacado revidar (FLORES, 1982, in - BRUHNS, 2000).

A história do futebol feminino, porém, mostra-se inversa à do masculino. Quando implantado, o futebol masculino pertenceu exclusivamente à elite ( Revista Nossa História, 2006, p. 50), devido os recursos financeiros que eram requisitados para a sua prática, por falta de materiais específicos entre outras causas. Mas com as mulheres ocorreu o oposto: o grupo feminino sempre pertenceu às classes desfavorecidas, como Bruhns coloca

(...) razão pela qual as atletas apresentarem comportamentos bastante parecidos com os de seus colegas homens, recebendo julgamentos como "falta de classe", "mal cheiro", "povo grosseiro" e outras denominações atribuídas àquela camada da população duplamente marginalizada (...) (BRUHNS, 2000).

Para tanto as relações com os praticantes masculinos eram estabelecidas de forma tensa, pois as meninas apresentavam comportamentos repudiados pela elite, comportamentos marginalizados, como se não bastasse o fato de serem "pobres" eram, antes disso, mulheres. Por isso os atos grosseiros que apresentavam como o de cuspir no chão, dar pontapés, brigar, cheirar mal, etc., era visto como comportamentos de uma camada social que mora na periferia, tanto do ponto de vista social como político. Até mesmo pelas pessoas da mesma classe as atletas eram desqualificadas, vistas como marginais pertencentes a um mundo perigoso. Logo também foram adtivadas de "machorras", "paraíbas", etc. Mas é importante ressaltar que só agiam dessa forma para se sentirem aceitas dentro desse esporte (BRUHNS, 2000).

Uma outra teoria que também explica esse grupo feminino ao fazermos uma análise comparativa com a obra "Mulher e Trabalho" (PEREIRA, 1971). A relação é feita levando em consideração que trabalhavam apenas as mulheres de classe muito inferior, pois estas precisavam ajudar no sustento da família atuando fora de casa. Para as mulheres da classe média para cima, não necessitavam trabalhar, e quando "trabalhavam", era apenas fazendo os serviços domésticos na própria casa, quando não apenas supervisionavam os serviçais.

Como o status da mulher dependia muito disso - se ela trabalhava fora ou não - a mesma regra se aplicava à prática do futebol: se praticava, não era "madame"; se não era "madame", era pobre (BRUSCHINI, 2002).

Um dos primeiros registros da atuação da mulher foi em 1921, entre as senhoritas tremembenses x senhoritas catarinenses. A partida foi anunciada no jornal A Gazeta como atração curiosa das festividades de São João. Pouco tempo depois o futebol feminino chegou a ser exibido em circos, como atrações de curiosidades (SUGIMOTO, 2003).
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Muitos outros fatos confirmaram esse preconceito em relação à mulher jogando futebol. Como o interesse feminino pela prática do esporte começava se intensificar justamente em um momento de transição do período higienista para o eugenista, houve uma grande preocupação em permitir a mulher na prática de atividades físicas. Quanto a preocupação eugenista, até era permitida e recomendada alguns esportes como o vôlei, a natação e o atletismo, entre outros, desde que não houvesse contato físico e apresentassem condições "higiênicas". Também as atividades deveriam favorecer e contribuir a função materna de gerar homens fortes que trouxessem um engrandecimento para a raça brasileira (SUGIMOTO, 2003).

Voltando um pouco na história pode-se encontrar indícios de que a prática de esporte tinha domínio masculino, como comprova o Decreto-Lei 3.199, de 1941, vigente até 1975, que, em seu artigo 54, estabelece que "às mulheres não se permitirá a prática de desportos incompatíveis com as condições de sua natureza". E, em 1965, o Conselho Nacional de Desportos delibera que as entidades desportivas devem seguir a seguinte norma em relação à prática esportiva das mulheres: "Não é permitida a prática de lutas de qualquer natureza, futebol, futebol de salão, futebol de praia, pólo, halterofilismo e beisebol". Hoje, essas normas não têm validade, mas ainda há muito que mudar (BRUHNS, 2000).

Como se não bastasse, jornais que apoiavam o jogo feminino começaram a ceder às posições dos médicos que condenavam a prática do futebol por mulheres, e, conseqüentemente, as reportagens começaram a aderir à posição dos médicos. O argumento utilizado era que tal esporte prejudicava os órgãos de reprodução, afirmando que era grande a possibilidade de trauma causado por uma bolada ou trombada, mas esquecendo-se que os homens também têm órgãos reprodutores que devem ser protegidos dos impactos.

Carta de um cidadão a Getúlio Vargas[Venho] Solicitar a clarividente atenção de V. Ex. para que seja conjurada uma calamidade que está prestes a desabar em cima da juventude feminina do Brasil. Refiro-me, Snr. Presidente, ao movimento entusiasta que está empolgando centenas de moças, atraíndo-as para se transformarem em jogadoras de futebol sem se levar em conta que a mulher não poderá praticar esse esporte violento, sem afetar, seriamente, o equilíbrio fisiológico das suas funções orgânicas, devido à natureza que dispoz a ser mãe... Ao que dizem os jornais, no Rio, já estão formados, nada menos de dez quadros femininos. Em S. Paulo e Belo Horizonte também já estão constituindo-se outros. E, neste crescendo, dentro de um ano, é provável que, em todo o Brasil, estejam organizados uns 200 clubes femininos de futebol, ou seja: 200 núcleos destroçadores da saúde de 2.200 futuras mães que, além do mais, ficarão presas de uma mentalidade depressiva e propensa aos exibicionismos rudes e extravagantes (José Fuzeira, carta datada de 25/04/1940 In - SUGIMOTO, Luiz. Eva futebol clube, 2003).

Esta carta mostra a preocupação de um cidadão, e foi como uma "premonição", pois poucas décadas depois, no início dos anos 80, 200 times aguardavam a liberação e oficialização do esporte no Brasil, pela CND, que teve que garantir que pretendia oficializar, pois já reconhecia que a prática já havia se tornado popular pelas mulheres (BRUHNS, 2000).

O futebol feminino na atualidade

Hoje ainda não é possível afirmar que as dificuldades daquela época foram vencidas. Isto considerando que a sociedade ainda (mesmo que a idéia esteja começando a mudar) discrimina a mulher que mostra um interesse na prática (BRUHNS, 2000). Pode-se afirmar esse fato através de análises feitas no campo sociológico. Por exemplo, a sociedade em geral age dessa forma: quando uma criança nasce ela é condiciona desde cedo e de acordo com a configuração de seus órgãos sexuais, a agir de tal forma, ter certas preferências. Se for menino ganham carrinhos, armas e bonecos de super-heróis, enquanto meninas ganham bonecas e miniaturas de eletrodomésticos e utensílios (DAOLIO, 1997).

Isso comprova que a cultura exerce influência tremenda na discussão, visto que existem fatores na atualidade provenientes dessa cultura. Como o fato de meninos terem, em sua maioria, um desempenho motor muito melhor comparando os gêneros no esporte (DAOLIO, 1997). Isso se dá pelo menino sair para brincar na rua, correr, soltar pipa, jogar bola, andar de carrinho de rolimã e etc, desde pequeno para não atrapalhar a mãe em casa. Em contrapartida as meninas devem ficar em casa, a fim de ser preservadas das brincadeiras de menino e ajudar as mães nos trabalhos domésticos, que lhes serão úteis futuramente quando se tornarem esposas e mães, o que deixa um ar de delicadeza em torno da menina. Ar que é quebrado quando ela tenta "invadir" um espaço masculino, de acordo com a maior parte da sociedade (PIORKOWSKY, 2005).

A mulher no esporte em geral, é lembrada não por seu desempenho ou conquista, mas pela sua beleza e sexualidade frente ao que a mídia retrata, "o jogo bonito de se ver" não está relacionado as jogo em si, nem ao aspecto estético das belas jogadas, mas às pernas das jogadoras, às "sainhas e bermudas", enfim, associado a imagem veiculada e vendida pela indústria cultural, determinando padrão de beleza feminina, que confunde a estética do jogo com a estética do corpo ( BRUHNS, 2000).

A profissionalização no Brasil é acentuadamente difícil, visto que não há uma entidade forte que organize o futebol feminino e também não há investimento público nem privado (SUGIMOTO, 2003). Nos EUA, o futebol é visto como esporte feminino, enquanto que em 1994 foi o vice-presidente quem entregou a Taça ao capitão da seleção brasileira, Dunga, e em 1996 foi o próprio Bill Clinton quem entregou a Taça pelo mesmo evento, porém feminino. O que não significa que a mulher é bem mais reconhecida lá do que é aqui nos esportes, frente que a mesma não tem vez no futebol americano e no beisebol, dois dos esportes mais difundidos nos EUA (SUGIMOTO, 2003).

Enquanto não há um reconhecimento por parte da sociedade, algumas mulheres vão se envolvendo com o futebol por caminhos diferentes, sem necessariamente precisar ser atleta:

Campeonato Brasileiro de Futebol. A disputa era entre São Paulo e Guarani. Estádio lotado, jogadores a postos e torcida animada. Eis que entra em campo a equipe de arbitragem. Nesse momento, muitos não acreditavam no que viam. Outros estavam indignados. Alguns ficaram sem reação. O motivo dos diversos sentimentos era a trio de arbitragem, 100% feminino, composto por Sílvia Regina de Oliveira e as assistentes Ana Paula da Silva e Aline Lambert (...) (Revista Mulher e Carreira, agosto de 2004, p. 24).

Essa fonte comprova que a mulher vem ganhando cada vez mais espaço no futebol, e que mesmo vítimas de muito preconceito, continuam firmes na luta pelo seu próprio reconhecimento no esporte.

Considerações finais

Desde o princípio o futebol feminino tem sofrido muitos preconceitos. Ainda hoje é muito difícil para esse esporte se firmar, visto que não há instituição responsável por administrar a modalidade no Brasil.

Por muito tempo, a questão do sexo tem sido usada para impedir a participação feminina nos esportes. Disfarçando o preconceito, um discurso de que é uma forma de preservar a feminilidade.

A mídia também tem um pouco de culpa na situação atual, uma vez que não tem dado importância à atleta feminina tanto quanto ao masculino, e quando abre uma exceção, acaba enfocando a beleza da mulher, o "corpo", a questão da sexualidade, e não o esporte em si.

Enquanto a mentalidade da sociedade não mudar, as mulheres sempre terão dificuldade em conquistar seu espaço. "Não é a identidade feminina que requer reconhecimento, mas sim a condição das mulheres como parceiras plenas na interação social" (FRASER, 2000).


Referências
BENETED, Josiane. Revista Mulher e Carreira. Elas também apitam. São Paulo, 2004.
BRUHNS, Heloisa T. Futebol, Carnaval e Capoeira: Entre as gingas do corpo brasileiro. Campinas - SP: Papirus, 2000.
BRUSCHINI, Cristina e UNBEHAUM, Sandra G. Gênero, democracia e sociedade brasileira. São Paulo - FCC: Editora 34, 2002.
CAPRARO, André Mendes. Revista Nossa História. Do football ao futebol. São Paulo: Editora Vera Cruz, 2006.
DAOLIO, Jocimar. Cultura: Educação Física e Futebol. Campinas - SP. Editora da UNICAMP, 1997.
PEREIRA, Luiz. Estudos sobre o Brasil contemporâneo. São Paulo. Livraria Pioneira Editora, 1971.
PIORKOWSKY, Lilian dos Santos. Gênero, raça/ etnia e escolarização. Faculdade de Educação-Universidade de São Paulo. In: http://www.fazendogenero7.ufsc.br/artigos/L/Lilian_Piorkowsky_dos_Santos_23.pdf. Acesso em 28/10/06.
SUGIMOTO, Luiz. Universidade Estadual de Campinas / Assessoria de Imprensa. Eva Futebol Clube, Campinas: 2003.


Notícias

Taça Fortaleza de Futebol Feminino

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19/10/2008 - Grupo A

BRASILEIRINHO X ASSOCEAMAN - PV - 08h

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26/10/2008 - Grupo A

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ARTILHARIA: Vivi (Caucaia) com 05 gols
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EVENTO


Messejana e Assoceaman fazem duelo equilibrado


Copa Cidade de Fortaleza em foco

Teve prosseguimento no sábado, 27, a I Copa Cidade de Fortaleza, competição promovida pela LCFF – Liga Cearense de Futebol Feminino.

A rodada foi realizada no Estádio Municipal Raimundo de Oliveira, em Caucaia, tendo duas partidas como atração. Na primeira delas, União Messejana x Assoceaman, de Maracanaú, empataram em 1 a 1, enquanto no segundo jogo foi a vez de Caucaia x Brasileirinho se enfrentarem, registrando-se nova vitória do Caucaia na competição, desta feita pelo placar de 2 a 0.
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Caucaia vence mas Brasileiro dificulta
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